Um quarentão que não envelheceu...Baseado no livro homônimo de José Lins do Rêgo, marcou a estréia de Walter Lima Jr. na direção. A crônica lírica de uma infância marcada por perdas dolorosas ( Carlinhos ), intercaladas por momentos de indescritível poesia e puro alumbramento. Marca, da mesma forma, entre o verde da cana-de-açúcar e a fumaça da chaminé, a ascenção e queda dos engenhos, tragados pelo advento das usinas. Ótimo elenco, interpretações seguras( pena que o Sávio Rolim não conseguiu fazer mais nada após o Carlinhos), belíssima fotografia e admirável aproveitamento das Bachianas Brasileiras, de Heitor Villa-Lobos, na trilha sonora.Parabéns aos que tiveram o bom gosto e a coragem de recuperar essa obra prima do Cinema Novo, do cinema brasileiro com gosto de terra molhada. " Menino perdido, menino de engenho.".