Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Mateus Olivotti
4 seguidores
36 críticas
Seguir usuário
5,0
Enviada em 12 de novembro de 2020
Zeling é um mockumentary (falso documentário) dirigido por Woody Allen e lançado em 1983. O filme conta a história de Leonard Zelig, que é apelidado pelo povo de "homem camaleão", devido ao seu "talento peculiar" de consegui imitar qualquer pessoa com quem esteja socializando, exemplo: Se Zelig estiver conversando um um chinês seu rosto adquira feições orientais, se ele estiver em um lugar que há muitos mafiosos ele ficará parecido com um, e assim por diante.
Zeling é para mim uma das melhores obras de Woody Allen, o filme é engraçado, super bem produzido e o mais importante, ele consegue ser uma perfeita crítica a mídia americana. É muito legal acompanhar a trajetória e a evolução do protagonista, você o vê dês de quando ele começou a fazer sucesso e ser um pouco famoso até ele explodir e virar um fenômeno americano e logo depois ter que lidar com os problemas e escândalos de sua "doença especial"
Woody Allen como sempre está ótimo e muito engraçado em seu papel ele convence completamente como alguém que tem medo de não ser aceito pelos outros e ao mesmo tempo tem culpa pelas coisas que ele acidentalmente faz quando está "transformado".
Zelig é um filme engraçado, divertido, reflexivo, e um de meus longas favoritos da carreira de Woody Allen.
O gênio Woody em mais uma película extraordinária. A nota 4 esta mais para a originalidade do roteiro e a forma como é contada, bem como a capacidade técnica de imagem do que para o fato de ser uma comédia. Certamente o filme é uma grande gozação do homem e da sociedade manipulável como verdadeiramente é, além dos oportunistas não olvidados pelo ácido autor. A cena com Hitler é ótima...indicado para os que gostam de cinema.
Zelig foi escrito e dirigido por Allen em 1983 e traz Mia Farrow no elenco (aquela do apocalíptico O bebê de Rosemary – Rosemary’s Baby), além de, pra variar, o próprio diretor – que (também pra variar) atua no papel principal. Ambientado nos anos 20 e 30, o roteiro traz, em forma de documentário, a história de Leonard Zelig, uma figuraça que possui a habilidade de adaptar sua aparência e sua personalidade ao ambiente em que se encontra.
A primeira pessoa a perceber tal aberração foi nada menos que F. Scott Fitzgerald (excelente escritor de que certamente falarei algum dia), que percebeu, durante uma festa em sua casa, que Zelig adotava uma postura quando conversava com alguns convidados (com gestos refinados, linguagem rebuscada e até conhecimentos específicos), e outra (mais xucra e rudimentar) quando se encontrava na cozinha, conversando com os serviçais. Não demorou muito até ele se tornar uma celebridade internacional, conhecida como “camaleão humano”.
Aí entra a Mia Farrow, sua psiquiatra (Dra. Eudora Fletcher), que busca ajudá-lo a superar esse transtorno bizarro e descobrir seu “eu verdadeiro”. Através de sessões de hipnose, ela descobre que, por trás dessas transformações aparentemente inexplicáveis, existe um trauma enorme e um desejo incontrolável de ser aceito – tão incontrolável que seu corpo chega a sofrer mutações para que essa vontade se realize.
E então ela começa a tratá-lo. Se o tratamento dá certo e ele passa a ser uma pessoa normal e eles vivem felizes para sempre, acho que vocês têm que assistir pra saber. Mas basta eu dizer que o filme (além de ter sido indicado a uma série de prêmios – desde Oscar até Festival de Veneza) atingiu a impressionante marca de 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. É, não é pra qualquer um.
Um filme brilhante onde Woody Allen consegue nos comover zombando da natureza humana e, de lambuja, ainda tenta nos matar de tanto rir. É a saga de um homem que sofre de um estranho distúrbio: ao se aproximar das pessoas, mesmo das mais distantes da sua realidade, sejam elas um grupo de judeus ortodoxos, ou negros americanos, ele se transforma e incorpora a sua aparência exterior e o seu comportamento. A situação seria apenas hilária, se, por causa dessas esquisitices, o herói não acabasse perdendo o amor da mulher de sua vida. Com este argumento, Allen constrói uma das mais geniais páginas do cinema em todos os tempos.
Brilhante! Não há outra palavra que defina melhor "Zelig". Talvez seja até o melhor filme da carreira de Woody Allen, que aqui se mostra em grande forma em suas três funções: diretor, roteirista e ator. O roteiro de "Zelig" é simplesmente sensacional, encaixando a história de um homem-camaleão que molda seu próprio corpo para ser aceito pelos demais com a situação americana em meio aos anos 20. Allen conseguiu pôr Zelig em vários acontecimentos marcantes da época, como a própria ascensão de Hitler na Alemanha, e o tom de documentário dado ao filme passa uma grande sensação ao espectador de que tudo aquilo realmente é verídico, até porque as explicações em torno da vida de Leonard Zelig são muito bem fundamentadas. A idéia de colocar o filme em preto e branco ajuda ainda mais neste sentido de veracidade, pois além de ajudar na caracterização das transformações de Zelig ao longo do filme, passa ainda mais a idéia de que tais cenas são realmente dos anos 20. Além disso, o filme traz como pano de fundo uma crítica velada à sociedade americana, mais especificamente às pessoas que buscam se esconder na multidão ao invés de demonstrar publicamente suas opiniões sobre algum assunto. Ver Woody Allen trabalhando de forma brilhante como diretor e roteirista não chega a ser novidade, mas o que me surpreendeu foi sua participação como ator. Allen com o passar dos anos se especializou em interpretar sempre um mesmo personagem, o nova-iorquino neurótico, e aqui ele varia um pouco, dando ao seu Zelig do início do filme um ar de ingenuidade que, aos poucos, vai sendo modificado de acordo com as transformações psicológicas pelas quais o personagem passa. Realmente uma grande composição do personagem, talvez a melhor atuação de sua carreira. E é por causa de todos estes fatores, juntos, que "Zelig" deve ser considerado uma das obras-prima de Woody Allen.
O melhor dos melhores filmes do maior cineasta americano vivo. Com humor e emoção, convida o espectador a pensar e refletir sobre a própria condição de viver em sociedade, massacrado pela vontade de ser o que quer e a necessidade de ser o que se deve. Um filme perfeito.
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade