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Aurelio Cardoso
79 seguidores
97 críticas
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3,0
Enviada em 7 de dezembro de 2017
Obsessão na Selva. HERZOG, o grande criador de KASPAR HAUSER está de volta a floresta Amazônica no Peru. Foi lá que ele filmou AGUIRRE, e aqui fala sobre a obsessiva e incansável luta do irlandês FITZCARRALDO, na busca de novos seringais no inicio do século XX. Bem filmado, enfrentando as dificuldades naturais da floresta tropical, elenco afinado, principalmente o brasileiro LEWGOY, HERZOG agrada, mas não repete o humanismo contagiante de KASPAR HAUSER, nem virtuose plástica de NOSFERATU e muito menos o cinismo e paranoia pelo poder de AGUIRRE. Mas HERZOG regular vale e muito ainda mais com seu parceiro e adorável inimigo KLAUS KINSKI. Visto em 25 de Janeiro de 1983 no CINE ASTOR de São Paulo.
Fitzcarraldo não é um filme excepcionalmente artístico, nem uma grande forma de diversão. Mas apenas ver nas telas a força de vontade, a garra e a determinação do diretor Herzog já dá ao filme o seu valor. Para gravar esse filme o diretor e a equipe enfrentaram inúmeros problemas. Doenças desconhecidas, atrasos nas filmagens, mau acesso as locações de filmagem, e muitos outros. Mas quando o filme está prestes a acabar nós temos a sensação de que o Werner cumpriu o seu papel brilhantemente. Aquelas sequências onde o barco subia as montanhas é algo no mínimo incrível. Só de pensar no extremo trabalho que deu para fazer aquilo já deixa o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes para o Herzog mais que justo. Tirando a direção o filme é extremamente simples e sem nada demais. O roteiro não contém partes de grande nível emocional, mas ainda assim ele transmite com perfeição os acontecimentos daquela trajetória. As atuações estão razoáveis, mas comparadas às de Nosferatu - O Vampiro da Noite (outro filme do Herzog) estão maravilhosas. O Klaus Kinski, mais uma vez, se destaca, dando tudo de si para interpretar o desgrenhado Fitzgerald (o mesmo do título) com perfeição. Como já dito por muitos outros críticos, Fitzcarraldo não é a maior obra do Werner Herzog, mas mesmo sendo um filme tão "morno" ele ganha extrema importância por ser dirigido com determinação e maetria pelo mesmo.
Basicamente o filme retrata a viagem feita pelo rio, e fica muito tempo nela, assim o filme fica monótono. Nem a construção do teatro de ópera na selva nem a exploração da borracha entram efetivamente na trama. Mas destaque para a atuação de Klaus Kinski, que esteve muito bem no papel.
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