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4,0
Enviada em 14 de outubro de 2020
Assim como "Perfect Blue", O fantasma do futuro é um filme complexo e surreal. Porém ao contrário da obra-prima que é Perfect Blue esse filme falha em não executar bem os seus temas e o final vago é decepcionante. Mais vale a experiência pela sua ousadia e criatividade
Não, esse não é o "original". Aliás, o conceito de originalidade, ou individualidade, é justamente o que é atacado em Ghost in the Shell, uma animação japonesa que precede em muito toda a discussão filosófica gerada pelo filme Matrix, dos irmãos Wachoski, e que marca a predominância do tema em Hollywood.
Obra prima da vasto universo de animes, GHOST IN THE SHELL sustenta uma narrativa focada pela essência filosófica que oscila entre o sentimentalismo e o desejo humano em se superar abusando da tecnologia. Baseado nessa ideia, o ano de 2029 compila um momento em que as pessoas já estão acostumadas com tecnologias que modificam e ampliam capacidades motoras dos humanos, algo que é nitidamente evidenciado na protagonista Motoko Kusanagi, agente que possui quase 100% de seu corpo "ajustado" para melhores rendimentos. Em contrapartida a essa complexidade social, surge o conhecido Mestre dos Fantoches, um líder capaz de hackear praticamente todo tipo de mecanismo que dispõe de recursos tecnológicos. Motoko lidera a busca pelo algoz que mostrará elementos que envolvem política e interessem escusos.
Não há dúvidas quanto ao mérito de GHOST IN THE SHELL quando se fala em diversos aspectos, desde contextuais até técnico e visuais, pois o longa comandado por Mamoru Oshii representa um conjunto de elementos tão brilhantes que fica difícil avaliá-los de forma coletiva. O fato é que a riqueza de detalhes em seu traços, a fotografia adequada minunciosamente a cada cena, sequências de ação comandadas com total poder narrativo e uma história sublime para poucos entenderem em sua totalidade, representam não somente uma obra única, mas repleta de momentos que nos levam a considerá-lo como algo atemporal e digno de seu status cult.
É um filme que, ao lado de Matrix, precisa se revisto algumas vezes para que a compreensão de seus pormenores não passem despercebidos, haja vista possuir capacidades de reflexao únicas e brutais, inclusive seu nome que possui força de coerência com a essência da obra.
FENOMENAL.
Obs.: A versão remaster, acompanhada do 2.0, acrescentou pequenas cenas em CG, mas honestamente soou como colocar um chapéu de palha em alguém de terno e gravata.
A filosofia sobre a alma, informação, conhecimento e cultura, um filme simples, curto, volátil que traz consigo um conceito que hoje é extremamente abordado e discutido, é que talvez daqui a 20, 30 anos, "Ghost In The Shell" possa ser visto como um retrato do prelúdio do pensamento entre a correlação de alma e máquina. Um roteiro extremamente complexo e de difícil compreensão, ao menos no começo, é preciso sentar frente a TV e não piscar um segundo, mesmo curto, temos um desenvolvimento razoável dos personagens, e desfechos que causam pura paixão ao telespectador e uma sensação de admiração a história e o clima do filme. Clima esse que é de pura responsabilidade da fotografia do longa, com uma paleta de cores extremamente escura , chuvosa, que cria um clima no melhor estilo "Blade Runner", é um futuro que embora seja Cyber Punk, ele ainda não está perdido ou depressivo, ele está ainda nesse processo de de desconstrução e perda de valores, não podemos deixar de citar o gore e a violência que é usada apenas quando necessária, e nisso talvez o filme deixe pra lá a chance de aliar o choque do enrredo com um choque no gráfismo, mas por outro lado, o conceito de aliar a nudez a invisibilidade é novo e muito interessante, e fica extremamente bonito em tela, o filme tem uma animação apenas "Ok", resistindo hoje em dia é impossível não perceber como o mesmo é Datado, ao menos em termos de animação. A busca por humanizar a máquina não é algo novo, mas é sempre interessante, e "Gosth In The Shell" não é diferente, um dos ícones da cultura pop oriental, ainda é um ótimo filme que traz reflexões Extremante pontuais de maneira pouco clichê, e com muito charme e elegância.
Bela animação japonesa, um pouco difícil pegar a história e o ritmo do filme que rolam por apenas 80min porém acontece tudo que um amante de temática de androides, seres com vida computadorizada gostam. A história mistura investigação entre nações através de um programa vírus implantada em um cyborgue até o início de uma consciência própria terminando o filme que a própria Major Motoko adquire um pouco das respostas que lhe assombram, deixando de ser um simples fantasma em um corpo (Ghost in Shell) obedecendo regras. O que mais gostei foram os desenhos da época futurística (2029 nem tão longe do nosso tempo...) e a trilha sonora bem encaixada no filme. Uma das poucas animações japonesas que não beiram ao exagero e desconexão com a realidade. Belo complemento ao filme do Blade Runner.
A mente humana é tão perfeita, que faz com que os seres humanos criem coisas mais perfeitas para suprir o que eles não conseguem explicar. O problema disso é que pode ficar difícil de controlar e, quanto a isso, me refiro a I.A. (inteligência artificial). Antigamente robôs eram assunto para desenhos e filmes, já hoje em dia, se vê notícias que as mulheres farão mais "tico tico no fubá" com ciborgues do que com homens (já é difícil se dar bem com uma mulher, imagina com a concorrência ligada nos 220v e com bateria extra de Duracell, ai lascou.....). E é sobre ciborgues entre nós este anime, adaptado dos mangás (como se fosse uma história em quadrinhos oriental, para quem não conhece) da obra de Masamune Shirow do ano de 1989 e que possui o mesmo título. E não só isso, mas sobre crise de existência, terrorismo industrial e lógico, sobre I.A.! Para você que pensou que se tratava de um fantasma nos postos Shell, e precisaria dos Ghostbusters ou Scooby Doo, se enganou (.....ow piadinha ruim.....)! Isto não é algo que você possa mostrar para suas crianças, até porque talvez nem tu compreendas o que está acontecendo (confesso que fiquei meio perdido e tive que dar uns REW.....talvez seja melhor assistir dublado). Trata de assuntos complexos e sérios. Tem também muita violência e nudez (de uma forma criativa e não de exposição). Trabalha se muito bem o suspense, então, não temos overdose de ação, e sim uma trama que vai se desenrolando aos poucos, se construindo. Se não tiver paciência, não irá curtir o enredo, que é muito bom em minha opinião. Todo este trabalho serviu de inspiração para vários filmes de ficção cientifica, como MATRIX (1999). Quem gosta do gênero vai pirar! O visual futurístico é fantástico (porque será que toda os contos do futuro no Japão, as cidades são chamadas de "Setor"?) e a complexidade da personagem principal (que me lembrava o J.J. de Zillion, não sei o porquê) é de chamar a atenção na busca de seu "eu" verdadeiro, quase uma humana nata, nem Freud explica..... Sem erros no roteiro, é um bom entretenimento para quem curte! Agora é só aguardar a adaptação em Live Action que teremos a atriz Scarlett Johansson (aiaiuiui) no papel principal e torcer para ser tão bom quanto o material original. E se tu, quem lê isto aqui não for um humano, ENTENDA que não podemos ser entendidos...
Ghost in the Shell é, sim, um longa-metragem confuso, que requer muita concentração, mas seu foco na construção de personagens e em sua atmosfera é tão envolvente que deixa o entendimento da trama geral como objetivo secundário, ao passo que se estabelece como uma obra que deve ser sentida, experimentada e não apenas assistida. Temos aqui uma marcante fusão de imagem e som que nos levam em uma jornada existencialista, que atinge em cheio a grande dúvida sobre o que, afinal, nos define como seres vivos.
Considerado juntamente com Akira um dos precursores do universo rico que atualmente conhecemos como gênero Cyberpunk, Ghost in The Shell é uma jornada de sobre autoconhecimento em um futuro altamente tecnológico.
Perguntas que fazemos desde que adquirimos noção sobre a realidade, como "qual é meu destino?", "O que me define?", "Qual o meu propósito no mundo?", "Quem eu sou?", norteiam a busca da personagem principal que é a Major Motoko durante o longa.
Um filme altamente intimista que nos leva a refletir sobre o que é um ser vivo, sobre o sistema e nossos propósitos durante a vida, se é que temos algum, ou se sempre estaremos em busca de respostas. Filme perfeito do início ao fim, realizado com maestria em diversos quesitos que perpassam o roteiro, a trilha sonora, a construção de ambientes e a condução de personagens, nada consegue definir melhor esse longa do que a palavra OBRA PRIMA.
Apesar de assistir 2 vezes e achar interessante os temas abordados (existência, o que é ser humano, o avanço tecnológico, etc), não creio que são bem explorados. E um final em aberto deixa o filme mais enigmático que complexo.
Uma produção impecável, e história muito cativante, abordando temas e questionamentos muito importantes e profundos. Realmente é uma obra que é um enorme março para a história do cinema.
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