O filme tinha muitos elementos para ser bem interessante, um enredo que poderia realmente cativar e emocionar, poucos clichês, atores talentosos e ousados, mas infelizmente, passados alguns minutos do filme, no desenrolar da trama, vê-se uma "confusão", algo se perdeu no filme... Meio decepcionante. Um roteirista criativo e uma direção atenta poderia fazer do filme um sucesso significativo e com maior visibilidade, e assim, render bons frutos inclusive aos atores! Aliás, o melhor do filme foi ver Anne Hathway seminua, sem pudor, se afastando gradativamente, sem deixar de ser linda, daquela coisinha enjoativamente angelical que insistia em persegui-la, pois as cenas de nudez são atípicas, nos “recatados” filmes Norte Americanos, é que não ficou naquele negócio de lençolzinho protegendo as "partes", ressaltando, é claro, que não se trata de um filme erótico, longe disso, apesar de explorar o sexo casual e descompromissado como um mecanismo de defesa pessoal, diante das fragilidades e dos medos apresentados, mas também não se trata de um filme dramático, nem de uma comédia ou propriamente um romance... Meu Deus, o filme se perdeu mesmo!! Nem tudo está mediano, algumas cenas são interessantes, faltando mais um pouco para fazer sorrir ou fazer chorar, além disso, a ousadia também de determinados diálogos se destacaram, mas... Pra que aquele irmão "abobalhado" e sem sentido do personagem do Jake Gyllenhaal??? Gente, totalmente desnecessário! Creio que foi uma tentativa bem fracassada de "usá-lo" como ponte para cenas e diálogos humorados, tiro no pé, ou melhor, mutilação do dedão mindinho, que para os não informados, mesmo sendo este membro, o mindinho, o humilde dedo número cinco da mão, tido por alguns como um "acessório decorativo", um dedinho para levantar delicadamente, enquanto tomamos uma xícara de chá. O que perderíamos se não tivéssemos esse dedinho? Perderíamos facilmente 50% da força da nossa mão, como afirma Laurie Rogers, especialista da área, do Hospital Nacional de Reabilitação, em Washington.
Enfim, o que isso tem a ver? Que de comédia romântica o filme deixa a desejar, sem força suficiente para ser rotulado como tal. A química entre o casal foi até convincente, todavia, nada comparado à química de Jake com Heather... Sim, contudo, isso se deve ao fato da direção deste filme ter produzido algo para a posteridade, arte de verdade, como foi o caso de: O Segredo de Brokeback Mountain, não um filme apenas para ser visto e curtido tão somente na sala de cinema e pronto, caso de: Amor e outras drogas.
Tiremos o amor do filme e deixemos apenas as drogas, que no sentido literal foi grandemente abordado, fazendo o famoso e nada discreto merchand aos grandes laboratórios. O filme não é de todo ruim, mas não consegue ser divertido, nem realmente emocionante, nem perturba, nem nada... Assista se tiver tempo sobrando.
DEIVSON CERQUEIRA GONÇALVES DAMASCENA