Esqueça aquelas chatices e o excesso de rigor sobre pré-história que tentaram enfiar na sua cabeça. Lembre-se das ideias férteis e todas as especulações possíveis, inerentes a todos nós seres humanos. Pois bem, é em “Os Croods” que essa imaginação rola solta.
Viver ou sobreviver, eis a questão. Pois é diante dessa animação que paramos pra pensar um pouco sobre isso. Da caracterização dos personagens às paisagens cheias de cor e exuberância, a DreamWorks acerta em cheio nessa nova fase.
A impressão que se tem é de uma família que está à frente de seu tempo, a julgar pelos assuntos em discussão como proteção, rebeldia, criatividade, imprudência. É claro que a ideia não é nova, esse tema já foi visto em uma diversidade de outros filmes à exaustão, mas ainda assim é encantadora. Sem contar o “papo cabeça”, com a filosofia de Platão – O Mito da Caverna -, ainda que de forma simbólica e leve. Uma ótima aula pra criançada.
Embora a narrativa não seja tão original, podemos perceber uma “pré-história” cheia de fantasias, com uma diversidade de cores e de criatividade, especialmente com relação aos animais que apresentam misturas inusitadas. É claro que há os coadjuvantes, como a preguiça que rouba a cena com suas “tiradas” espontâneas e que rendem boas gargalhadas. E é justamente aí que diretores e roteiristas nos surpreendem. Com toda a simplicidade, o roteiro é espirituoso, envolvente, simpático, inteligente e com um toque de inocência. O mote “convivência familiar” é bem articulado, sem dramalhões, chegando a ser cômico. Num saldo geral, o bom humor prevalece e o carisma dos personagens também. Diversão garantida e o melhor, sem apelação. Não hesitaria em ver o filme novamente. Adorei!