Netflix: não entendo como tem pessoas que dizem que ele não vale a pena. São os R$ 16,90 mais bem empregados da minha tabela de despesas. Um catálogo completo que acesso direto da minha nova TV pelo controle remoto debaixo de um cobertor. Como isso pode ser ruim? O argumento que mais escuto é que ele não tem filmes novos. Isso pode até ser verdade, os lançamentos mais recentes não estão lá mesmo. Mas mesmo assim ainda tem muita coisa, muita coisa mesmo e fico impressionado com a quantidade. Confesso que gosto de filmes, então, saio “dando play” no primeiro que vejo na frente e começo a assistir. Ainda mais agora que pretendo escrever sobre os filmes que vejo aqui no blog.
Mas deixemos o Netflix de lado – outro dia escrevo minhas opiniões sobre ele – para falar de Red. Red: Aposentados e Perigosos foi lançado em novembro de 2010 e agora no dia 08 de agosto foi lançada sua continuação. Como fiquei interessado em ver Red 2, mais que justo ver o primeiro filme para que não deixasse possíveis detalhes ou piadas passarem sem entendimento.
O filme conta a história de Frank Moses, um agente aposentado da CIA que agora é caçado pelo próprio governo, que espera apagar rastros de uma missão feita na Guatemala em 1981. Com isso, Moses vira alvo em uma longa perseguição que afetará a vida de outros ex-agentes colegas de Moses e uma assistente da previdência com a qual ele mantinha contato quase que diário. A assistente, chamada Sarah, entra no filme como um possível interesse romântico de Moses – depois de conversarem muito por telefone, eles até marcam um encontro. O único “porém” é que esse primeiro encontro não será dos mais românticos, afinal, descobrir que você corre risco de vida por conversar alguém por telefone não é algo muito interessante. E, basicamente, a história do filme é resumida em tiros, fita adesiva e mais tiros, muitos tiros. Muitos mesmo!
Moses terá um rival durante o filme. Willian Cooper, interpretado por Karl Urban é um agente em ascensão que lidera a busca por Moses deixando transparecer que talvez seja a versão moderna e “arrumadinha” do seu próprio alvo. Algumas reviravoltas estão reservadas a esse personagem.
Por ser um filme em que o foco são as cenas de ação, os personagens não têm um desenvolvimento muito grande. Eles vão sendo “jogados” no filme sem que antes seja feita uma base para os mesmos. Acredito que apenas Sarah e Cooper tiveram uma base, e talvez Joe, interpretado por Morgan Freeman, possa ter tido também, mas muito pequena.
Os atores
Falando em Freeman, ele está no filme interpretando Joe, outro ex-agente que está sendo caçado. Idoso, vivendo em uma casa de repouso e com seu fígado tomado por um câncer, não aceitava muito que seu fim seria esse: velho, doente e num asilo. Ele fica muito animado com possibilidade de ter alguns dias de ação para relembrar os velhos tempos. Sou suspeito para falar da atuação de Freeman, afinal, sou fã declarado e, mesmo que o papel seja simples e nada profundo, ele interpreta da melhor forma possível, sabendo levar muito bem as cenas de humor e diálogos.
Marvin Boggs, interpretado por John Malkovich, é outro ex-agente, mas com um detalhe: é louco a dar com pau. Acredita ter sido cobaia de um experimento de do governo e agora não pode ouvir falar e ver celulares, internet, satélites. Acredita que tudo é uma grande conspiração e que nunca se deve confiar no sistema, tudo é controlado pelo governo e ninguém merece confiança. Boggs é o personagem mais engraçado, na minha opinião. Seus ataques durante o filme e o modo como entra nas cenas de ação valem boas risadas, principalmente quando ele pergunta: “e agora, posso matar?”.
Victoria é outra aposentada que vez ou outra faz algum trabalho para sair da rotina que, segundo ela, às vezes é muito chata. Confesso que achei seu personagem e interpretação chatos. Junto com Brian Cox, que interpreta Ivan Simanov, é um personagem de apoio apenas. Não tenho muito que falar sobre eles.
Sarah é interpretada por Mary-Louise Parker. Apesar de ter relação direta com o personagem de Bruce Willis, pouco atua no filme, mas serviu como apoio para o próprio personagem do senhor Bruce.
Bruce Willis como personagem principal não foge muito do padrão. A clássica dor de cabeça que boa parte de seus personagens tem está presente nesse também. Apesar de ser seu fã, reconheço que ele não possui um repertório muito amplo e fez o que foi possível, abrindo o personagem para piadas e um estilo mais calmo do que o “bad guy” que é Duro de Matar ou o policial fracassado em 16 Quadras. Diferente e interessante.
E no fim
Um bom filme para passar o tempo, 1h50min de cenas de ação com toques de humor que prendem a atenção durante o filme. Não fica cansativo e muito menos entediante, não há cenas desnecessárias, que tenham ficado longas demais ou sem motivo. Mas acredito que ele seja válido apenas nas condições que o assisti. Domingo à tarde, substituindo o futebol ruim que passava na TV. Não há atuações excepcionais, mas serve para passar o tempo e dar algumas risadas.
Sem mencionar o fato que assisto qualquer filme que tenha Morgan Freeman no elenco.
Não acho que esse filme entra na lista dos melhores trabalhos de nenhum dos atores que participaram, por isso o classifico com um bom passatempo. Agora quero ver como será a continuação do filme.