Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Ricardo L.
59.438 seguidores
2.766 críticas
Seguir usuário
4,5
Enviada em 25 de janeiro de 2021
Um espetáculo de filme! Um roteiro que envolve seu público do início ao fim com uma história forte e que mostra a realidade de uma Índia nua e crua. Um dos melhores filmes de 2021.
O Tigre Branco é um daqueles filmes feitos só uma vez em cada dez anos de tão espetacular e visceral que é, por isso a comparação com "Quem quer ser um milionário" ou o próprio "Parasita" do Bong Joon-Ho. O filme do diretor Iraniano Ramin Bahrani (99 Casas, outro filme impactante da Netflix) é totalmente autoral, com uma câmera sempre em close e enquadrada na visão do protagonista. Balram, vivido pelo fenomenal (Adarsh Gourav) sempre levou uma vida miserável na Índia, vindo de uma casta inferior sempre teve que trabalhar desde criança para poder comer, e foi assim que aprendeu com seu pai a ser um "servo", ou seja, a mentalidade que precisa servir o outro para ser feliz. Dessa forma, Balram depois de grande não deixa passar a oportunidade de se tornar um motorista na capital Delhi, após ouvir uma conversa de contratação de um empresário na sua vila, ele agarra a oportunidade com muito sacrifício, pois precisa convencer a tia de que precisava aprender a dirigir. Já na capital, Balram se torna o motorista de Ashok (Rajkummar Rao), filho do empresário que passou um tempo nos EUA e reconheceu que as "castas" praticadas na Índia eram erradas. Essa empreitada do nosso protagonista que vai levar a uma mudança radical de mentalidade, nos colocando exatamente a questionar o status quo da sociedade, não só indiana, mas mundial. Será que vivemos para servir? Será que nossos empregos sempre favorecem uma classe em detrimento a outra? Patrão é sempre canalha com seu subordinado? Esses e outros questionamentos são abordados no brilhante roteiro de Bahrani, que na verdade foi baseado no livro de mesma autoria do longa, sempre com a narração em off e a quebra da quarta parede. Mas aqui pra gente! O filme é maravilhoso em execução, enquadramento, iluminação e apresenta uma fotografia exuberante, sempre crua e alguns momentos cheia de neon. O Tigre Branco é uma obra ímpar no catálogo da Netflix, uma produção totalmente fora da curva. Um daqueles filmes que merecem serem vistos e discutidos por um bom tempo. Afinal, ele trata de assuntos do momento como ascensão social e empreendedorismo como o próprio protagonista fala: "Pobre só cresce na vida pelo crime ou se tornando político". Digo de antemão que é a melhor produção que assisti já em 2021 e será um dos grandes filmes do ano. Fenomenal!
Um filme que começa contando bem a história de seu protagonista, com bons fatos, dores e emoções. Mas evolui para situações dramáticas e perigosas, que parece desconstruir muitos valores e finaliza como se o errado fizesse parte da construção do que é certo. Se era pra ser uma história de superação, ficou mais pra uma novela de um pseudo-herói que se deixou levar pelo poder e ganância. Nota 2 de 5: ⭐⭐ @the.whitetigernetflix @netflixbrasil . #CinetecaXinguê #TheWhiteTiger #OTigreBranco #filme #movie #Netflix #India #drama #poder #dinheiro #ganância #drama
Em vários momentos de "O Tigre Branco", filme dirigido e escrito por Ramin Bahrani, o protagonista, o jovem Balram (Adarsh Gourav, numa ótima atuação), fala sobre como funciona a sociedade indiana. Ou você é oriundo de uma casta mais poderosa, ou você tem origem numa casta mais humilde. Independente de qual caso você se encaixe, Balram nos relembra que uma coisa é certa: se você for pobre, dificilmente você ascende; e se você for rico, provavelmente nunca perderá o seu padrão de vida.
Por isso mesmo, a jornada de alguém como Balram não deve fugir daquilo que é o esperado para outros tantos jovens indianos de sua casta: ele trabalhará e se casará com alguma boa moça que a sua família arranjará. Porém, "O Tigre Branco" foge deste estereótipo. Balram tem, dentro de si, uma ambição muito grande. E é justamente isto que o leva a buscar o algo mais - que é representado pelo emprego que ele consegue como motorista de Ashok (Rajkummar Rao) e Pinky (Priyanka Chopra Jonas).
Como a sua cultura o ensinou a servir, Balram vai executando as suas funções, de forma a que ele se torne indispensável para os seus patrões. Ao mesmo tempo, tanta proximidade faz com que ele enxergue as podridões do mundo das castas mais nobres - com sua corrupção, humilhação e imposição de desigualdades. Esse é o ponto de virada no roteiro de "O Tigre Branco" e o momento que marca a revelação do verdadeiro propósito da personagem principal.
Por ser um filme que fala abertamente sobre temas como exploração, corrupção, humilhação e desigualdades, é inevitável tentar comparar "O Tigre Branco" com obras como "Parasita", longa dirigido e co-escrito por Bong Joon Ho. As duas obras têm outras semelhanças, como o fato de nos mostrarem jornadas de pessoas (com suas falhas de caráter) que souberam se levantar contra o sistema e fazer com que ele atuasse a seu favor. Se pudermos anotar uma diferença entre "O Tigre Branco" e "Parasita" está no fato do filme de Ramin Bahrani saber utilizar muito bem a quebra da quarta parede. Isso faz com que a gente se aproxime ainda mais do que Balram vive.
Com um roteiro muito bem traçado o filme ilustra de forma bem ilustrativa as diferenças sociais que a Índia vive, o filme recebeu uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Vale muito a pena assistir.
Excelente filme , alguns já o chamam de o "Parasita Indiano" . Uma história de um pobre indiano que busca a melhoria de vida na maior democracia do mundo.,Corrupção, servidão, castas, injustiças tudo misturado nessa estória surpreendente.
Uma indicação ao Oscar que reflete a busca por diversidade cultural, nada mais, pq o roteiro não tem nada de significante ou surpreendente pra valer essa indicação. Valores distorcidos, personagens pouco carismáticos, além de uma trama que só vai ter algo de relevante de verdade lá pela metade. Fraquíssimo! E pra coroar, um final ridículo, em especial destaco a explicação sem noção dele não ter sido pego por parecer com metade da população indiana. Gente?!! Surreal alguém ter achado isso bom, sinceramente. Um dos piores, seguindo o péssimo padrão de qualidade da "gigante" do streaming. Parabéns netflix!
O filme é ótimo! Faz uma crítica sublime sobre a selvageria do capitalismo e sobre a xenofobia! E de quebra expõe a desigualdade de castas na Índia e as economias asiáticas do futuro! Único pesar é a lentidão do longa e a similaridade quase que escancarada com a obra sul-coreana "Parasita"! Resumindo, o filme é um pouco lento, muito brutal e vale a pena!
O filme tem alguns erros evidentes. O primeiro foi mostrar logo de cara que o protagonista "enriquece"; pra mim isso tirou toda a tensão das dificuldades que ele iria passar em seguida. É como começar a assistir um anime Shōnen, que você sabe que o protagonista irá superar todos os desafios, por ser o protagonista, e sobreviver no final. Vale mais pela crítica social à política, estas muito bem pensadas, que são praticamente universais. spoiler: Por fim, a produção se perde com o final. As cenas de luta corporal ficam a desejar, os ferimentos parecem irreais e, principalmente, deixam furos mal explicados. A morte do patrão é risível, muito mal feita. E a forma como o protagonista escapa da policia é duvidosa. Eles o colocam para subornar a policia. Ora, mas se a família do patrão comprava até ministros, por que não se importaram com a fuga de um empregado que, devido às circunstâncias, seria o principal culpado pelo assassinato?
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade