David O. Russel, começou sua carreira de diretor com Três Reis, um filme repleto de películas, com bom tratamento, moderno, bem polido. Em O lado Bom da Vida (2012), trata com realismo uma comédia dramática fascinante. Indicado a 8 categorias ao Oscar de 2013, venceu apenas como Melhor Atriz, Jennifer Lawrence. Um sujeito chamado Pat (Bradley Cooper), traído pela mulher e diagnosticado com bipolaridade é internado por oito meses, e ao sair continua com o transtorno, fixado na ideia de reatar seu casamento. Enquanto persegue essa paranoia de reaver sua ex, encontra Tiffany (Jennifer Lawrence), uma jovem viúva agressiva e deprimida pelo seu luto precoce, mas que sabe e pode perceber suas limitações e os próprios problemas, ao contrário de Pat. Juntos eles se auxiliam e encontram suas remissões. O elenco inteiro é um ‘show’ à parte. Robert de Niro, estupendo como pai de Pat, Jacki Weaver, a mãe, Brea Bee, a esposa, todos afinadíssimos. David Russel consegue tirar dos atores todas as suas potencialidades, com um desejo de atuação vibrante. A trama adaptada do romance publicado por Matthew Quick é repleta de humor rápido, inteligente, entremeado de dramaticidade. Difícil encontrar uma comédia romântica tão bem construída e desenvolvida assim.