Um filme no mínimo espetacular para não dizer outra coisa! É com prazer que observo de perto o diretor Michael Bay se superar a cada filme e fazendo deste o seu melhor trabalho até
o momento. De longe esta terceira parte é a melhor da franquia até o momento pois nos oferece tudo que vimos nos anteriores mas de forma melhor estruturada, mais elaborada, melhor embasada e sobretudo acima da média.
São duas horas e meia de pura ação e imersão total em frente à telona / telinha sem exagero ao dizer isso. Ressalto aqui também a feliz adoção do 3D à franquia, pois diferentemente de outros filmes que não tem conteúdo para tanto ou que foram mal convertidos, esse sim possui cenas de sobra para proporcionar um delírio visual ao espectador, que sairá da sala
do cinema com a sensação de ter participado de uma guerra literalmente. Infelizmente não asissti em 3D mas não é difícil notar e imaginar ao ver as cenas como elas ficariam em três dimensões e acima de tudo o que a tecnologia trouxe de benefícios para a série. São cenas de tirar o fôlego mostrando o que há de mais novo em efeitos especiais e visuais, utilizando a mais alta tecnologia atual de ponta para isso.
O elenco está muito bem, os coadjuvantes novatos na série como John Turturro, Frances McDormand e John Malkovich e Patrick Dempsey aparecem bem e realizam uma atuação correta e sem comprometer em nada o roteiro. Os pais de Sam, Kevin Dunn e Julie White, aparecem menos mais em algumas divertidas cenas mais no início do filme, enquanto isso Josh Duhamel e Tyrese Gibson aparecem com bem mais destaque e tem uma função muito mais importante e decisiva que nos filmes anteriores. Já Shia LaBeouf aparece muito bem em cena sabendo passar a frustração e maior maturidade de seu personagem agora morando sozinho e trabalhando, além de arrasar nas cenas de correria e ação tendo um papel importante aqui também, e sua parceira Rosie Huntington-Whiteley mostrou que sabe fazer muito mais do que as cenas de correria que fez e substituiu muito bem Megan Fox (não senti falta de Megan), sabendo dar um toque especial e personalidade própria à personagem Carly, com um ar mais maduro, responsável e ao mesmo tempo sensual na medida certa encantando toda a platéia masculina, diferentemente de Megan Fox que interpretava alguém mais fútil, infantil e que era usado apenas como mulher-objeto, assim como sua intérprete, com o perdão da palavra.
O versátil roteirista Ehren Kruger (A Chave Mestra, Pânico 3, Transformers- A Vingança dos Derrotados) já com a experiência do filme anterior da franquia em que dividiu com Roberto Orci e Alex Kurtzman os créditos, aqui ele se mostra mais à vontade e com mais liberdade para criar e abusar de cenas de grande impacto visual e nos entrega um filme muito mais redondo e bem estruturado que o anterior da franquia. Kruger abordou com inteligência a questão da corrida espacial entre EUA e União Soviética e um segredo escondido pelos
humanos dos Transformers no lado mais oculto da lua. Essa descoberta é que desenvolve toda a história desse filme e nos mostra muito mais personagens interessantes, especialmente do lado dos Decepticons que planejavam invadir a Terra no momento mais oportuno e com poder de ataque. Vemos também aqui um vilão de peso, Sentinel Prime, além do já conhecido Megatron. A estrutura do filme ( a narração no início e final do filme) e as características de ação ainda mais evidenciada, e do humor um pouco mais contido, estão lá. Alguns questionam o fato do filme ser longo demais, mas creio que ficou do tamanho certo, afinal ele é apenas 10 minutos mais longo que o filme original, é ação do começo ao fim e com grandes duelos nas lutas (Optimus X Megatron, Optimus X Sentinel, entre outras) dentro da batalha principal. Não achei que ficou arrastado e teve a duração adequada.
Nessa nova tentativa dos Decepticons de tomar a Terra, trazendo Cybertron à Terra através de pilares criados por Sentinel traz toda a ameaça dessa vez. Interessante ver o trabalho de direção de arte e especialmente da fotografia ao conseguir retratar um cenário de destruição total e até meio pós-apocalíptico com tons de cinza e lentes epecíficas. Não me permito esquecer de citar também mais um trabalho preciso de Steve Jablonski em mais uma trilha sonora condizente e que soube oferecer adrenalina no momento certo e emoção em outros.
Neste filme vemos cenários megalomaníacos e cenas espetaculares (as cenas nos interiores e exteriores dos prédios, nas rodovias, nos monumentos, nos arranha-céus, etc) e realmente ficamos de boca aberta. Efeitos magníficos que certamente são favoritos na conquista do Oscar, é realmente um trabalho primoroso e que igualo recentemente apenas à "Avatar" de James Cameron e à "2012" de Roland Emmerich.
O filme apresenta um maior clima de ameaça num cenário devastado, até um certo suspense, alguns momentos de emoções fortes (a despedida dos Transformers e a despedida de
Bumblebee com Sam posteriormente em que ele é salvo por pouco), aprsenta uma maior variação de cenários e de cenas incríveis, personagens melhor trabalhados e essencialmente
diverte e propicia momentos de puro entretenimento e satisfação no decorrer do longa. Imperdível e para os fãs da franquia, como eu, basta sentar e dse deliciar visualmente com tudo o que esta obra tem a oferecer! Vá correndo alugar!