"Don't Let Me Go" foi completamente diferente do que eu esperava que seria. Isso é bom. Ele me lembrou "A Ilha" onde vários clones são criados para nada mais do que doarem seus órgãos para suas "fontes" quando estiverem doentes ou engravidarem. A diferença é que na produção do Michael Bay o ponto é ação, aqui é drama. A moda inglesa.
Bom, sendo baseado no livro de um japonese, já se pode esperar um filme melodramatico ao extremo. Felizmente isto não ocorre aqui. Ele conta com tranquilidade e simplicidade a história dos três amigos criados em um orfanato, sem conhecer o mundo exterior, atormentados por histórias de desobediência que levaram a morte e mais tarde convictos de que suas vidas foram traçadas e que eles não tinham escolha. Esta falta de escolha e conformismo deles foi o que menos me agradou. Coisa que não ouve em "A Ilha". Eles também não sabiam do mundo, não sabiam de sexo, mas mesmo assim queriam mudar suas vidas.
No mas, o filme toca os mais sensíveis. A vontade do ser humano em "driblar" a morte acaba os deixando tão insensíveis a ponto de considerar que estes pobres ingênuos não passam de uma cópia para uso futuro. Incapazes de viver, de serem alguém futuramente, de envelhecerem ou sequer amar. É isso que "Não Me abandone Jamais" se resume e idealiza. Recomendo. - 8,0