Vinte anos após a primeira adaptação do conto de ficção científica de Phillip K. Dick, “O Vingador do Futuro” ganha uma refilmagem, cheia de efeitos especiais, talvez nem tão bacanas quanto os do primeiro filme, mas que cumprem a função de atualizar a mensagem de esperança para as novas gerações.
Enquanto no filme de 1990 tínhamos o diretor Paul Verhoeven (“Instinto Selvagem”, “Robocop”), o astro da época Arnold Schwarzenegger e a exploração de Marte, na versão atual temos o diretor Len Wiseman, famoso pelos filmes “Anjos da Noite” e por “Duro de Matar 4.0″ e, substuindo aquele que viria a ser governador da Califórnia, temos Colin Farrell (“Alexandre”) que depois de algum tempo em filmes bons e de baixo orçamento, resolveu reaparecer para o grande público e quem sabe se tornar efetivamente o astro da época de “Por um Fio” (Phone Booth, 2002″).
Na história do filme atual, o mundo está dividido em duas áreas: a dos ricos, a nova Bretanha, e a dos pobres, a nova Ásia, onde os trabalhadores moram, saindo para trabalhar todos os dias em direção a área rica, após atravessar o centro da Terra em uma espécie de elevador/nave que cruza o caminho em poucos minutos. Porém, o líder dos ricos, novamente o vilão Cohaagen, deseja acabar com os pobres visando aumentar o local de crescimento da área rica (uma espécie de especulação imobiliária).
Atualizando alguns personagens – como a esposa do mocinho sem memória Doug Quaid – e mantendo outros – como a mulher de três seios, Wiseman entrega um filme caprichado, mostrando um pouco mais do talento de Farrell (sua expressão facial realmente é marcante em momentos chaves do filme), além de abrir espaço para as lutas das beldades Beckinsale (esposa do diretor na vida real) e Biel.
Uma ótima aventura que vale a pena ver – a de 1990 – e rever – a de 2012.