Quase um "bak".
Tomando como gancho os ocorridos de Ong Bak 2, este terceiro exemplar da franquia protagonizada por Tony Jaa se desenvolve quando Tien é espancado e quase morre em consequência de diversos ferimentos. Levado pela tribo local Kana Khone, ele passa por um tratamento físico e espiritual visando lidar com suas dificuldades carmais, preparação esta que lhe deixará apto a buscar vingança contra aqueles que afrontaram sua tradições familiares.
O salto na estrutura visual do primeiro para o segundo filme foi bem evidente, criando um universo mais similar aquilo visto em filmes com tendência medieval estilo Conan, porém, sem a mesma qualidade. Neste terceiro a essência é ainda mais sombria, envolvendo a presença de elementos sobrenaturais, mas tudo com um ar de desculpa para gerar lutas sem sentido até mesmo para as capacidades de Jaa.
A historinha sem sal e as interpretações risonhas mostram o quanto o cinema da Tailândia ainda precisa evoluir. O roteiro não consegue dar sentido a praticamente nada, levando os diretores insistirem em closes no rosto dos atores quando existe alguma temática dramática sendo tratada, mas sempre com resultado ruim... até no lado cômico é constrangedor ver as tentativas em fazer rir de um certo personagem. Ironicamente, talvez o único elemento que sobreviva seja aquele que aborda o lado espiritual, cuja crença em divindades é tratada com certo respeito.
Com exceção da logística envolvida na cena final, ONG BAK 3 conclui a saga do guerreiro Tien de maneira pobre e pouco proveitosa, deixando apenas o filme inicial na lembrança de algo interessante.