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Anderson
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190 críticas
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4,0
Enviada em 19 de abril de 2023
Espantoso como se consegue fazer tanto com tão pouco. A história se passa em torno de duas crianças, dois irmãos, Ali e Zahra que são obrigados a dividir o mesmo par de tênis surrado para poderem frequentar a escola. Correm constantemente em ruas estreitas, por onde passa o esgoto a céu aberto, estrangulada entre habitações miseráveis, para poderem passar de um para o outro esse tênis. Mesmo assim, Ali sempre acaba chegando atrasado. A desigualdade social extrema é denunciada quando Ali e seu pai saem em busca de trabalho por um bairro rico. Amir Farrokh Hashemian e Bahare Seddiqi interpretam com maestria e ternura as duas crianças lançadas frente a problemas que não deveriam preencher suas infâncias. Tudo muito familiar para nós, brasileiros. Concorrendo ao Oscar da época perdeu para o horrível "A Vida é Bela" do indefectível Roberto Benigni. Mais um exemplo do quanto a academia de Hollywood é pautada mais pelo interesse financeiro do que pelo artístico.
Assisti e nunca mais esqueci. Me lembrou muito meu antigo trabalho em uma escola onde algumas crianças passavam certas dificuldades. Me marcou bastante pois presenciei algo parecido mas com uniforme escolar. Os irmaos se encontravam no caminho e trocavam de roupa ali mesmo para que o que frequentava o perido da tarde pudesse utilizar a vestimenta.
Perda de tempo, filme sem final, história uma bosta, como sempre mãe pobre cheia de filhos e sem condições para criar, e as crianças são obrigadas a se virar num terrível mundo injusto
Não há o que melhorar no longa iraniano dirigido por Majid Majidi. A simplicidade da película nos consterna diante do drama de dois irmãos é um par de sapatos. A pobreza de Ali , Zahra e seus pais não possui estereótipos. Filme reflexivo sobre nosso acúmulo desnecessário e brigas por coisas banais.O amor entre os irmãos é pura poesia e nos redime o respeito, disciplina e honestidade, valores familiares que foram repassados para as crianças.Um filme sobre a sobriedade existencial, porém, riquíssimo de reflexões sobre os reais valores da existência.Indicado ao OSCAR de 1999 na categoria melhor filme estrangeiro e concorreu com “Central do Brasil” e o vencedor “A Vida É Bela”. Cenas antológicas: spoiler: a corrida do jovem Ali em busca do terceiro lugar e os peixes sarando seus pés calejados . Singelo e espetacular!
Vi esse filme quando eu tinha 14 anos e desde então nunca saiu da minha memória... Uma realidade simples que compartilha as angústias com o telespetador
A fama do cinema iraniano atinge aqui seu ápice merecido. A história gira em torno da miséria de uma pequena família – pai, mãe, filho e filha -, sublinhada pelo instante em q o menino perde o único sapato da irmã. Segredo mor, ambos atravessam este verdadeiro calvário em tensa comunhão, transmitida pelo diretor Majid Majidi a cada minúcia. As intensidades da infância são aqui retratadas como nunca na história do Cinema. Sensibilidade ímpar, imperdível.
Está até difícil de escrever, de tanta emoção. Meu filho de 18 anos e eu ficamos torcendo pelo pequeno Ali e sua irmãzinha, desde o início. Enquanto o pai deles nada tinha, nem mesmo dinheiro para comprar sapatos, havia outros iranianos de posses, como foi o caso do ancião que pagou pelos serviços de jardinagem e vivia numa bela mansão. Impressionante a união e cumplicidade entre os irmãos, o bom coração de ambos (como quando a menina, sabendo que o pai da garota que ficara com os seus sapatos, é cego, nada lhe diz). E como eles temiam contar a verdade ao pai. E como o pequeno Ali queria conquistar apenas o terceiro lugar na corrida, para ganhar um par de tênis. A vitória na corrida nada lhe representou, porque não ganhou o par de tênis tão sonhado. Apenas achamos que o final ficou em aberto. Lembrando que o pai deles tinha ganho um bom dinheiro pelo trabalho de jardinagem. O que foi feito dele? Moral da história: o título do filme nada tem de Filhos do Paraíso, mais parecendo um inferno. Eles nem tinham tempo de ser crianças, de brincar, só trabalhavam. Nota dez para este filme. Altamente recomendável para pessoas sensíveis e para conhecer um pouco da cultura iraniana. Esta obra de arte foi recomendada por um amigo sírio.
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