Kung Fu Panda 2: Crítica AdoroCinema

Tem gente que torce o nariz para continuações. Outros cobram novidades numa fórmula já  conhecida. Se você não está nem aí para isso e não tem preconceito contra um urso fera nas artes marciais, procure um templo, quer dizer, cinema mais próximo e divirta-se.

Dessa vez, Po (Jack Black/Lúcio Mauro Filho), seus amigos Tigresa, Garça, Macaco, Víbora, Louva-Deus (Os Cinco Furiosos) e Mestre Shi Fu, estão diante de um novo perigo. Banido de seu reino pelos próprios pais, o pavão Lorde Shen promete conquistar a China e acabar de vez com o Kung Fu, usando uma arma poderosa.

Com este conflito familiar, o roteiro explora um pouco mais de conteúdo na trama e até aproxima herói e vilão, colocando Po diante de uma nova realidade sobre suas origens, já que no primeiro filme (pasme) ele aparece como filho de um pato. Mas esse toque de "profundidade" para por aí, porque a história em si continua simples, focada mais nos baixinhos do que nos altinhos e funcionando para ambos.

As cenas de ação são ótimas e do começo ao fim, ditando o ritmo da aventura escorada na arte marcial milenar. Coreografias de alto impacto visual e perseguição de riquixá são apenas alguns tempêros, assim como os diálogos divertidos do gorducho em extinção (mérito dos atores/dubladores). O uso contínuo das indefectíveis expressões de efeito, típicas de heróis, como “modo invisível!”, brinca com suas falhas ou imperfeições de maneira ingênua, conferindo ainda mais simpatia ao personagem, que no fundo é somente uma criança. 

Embora o recurso do 3-D seja dispensável, com a mesma boa trilha do anterior, de Hans Zimmer (O Rei Leão) e John Powell (Shrek), a sequência do sucesso de 2008 continua misturando técnicas de animação e obteve um belo resultado. Kung Fu Panda 2 é bobo, mas é divertido. Portanto, dê um contragolpe no mau humor e encare essa diversão faixa-preta.