Para quem gosta de coleção, basta ver os filmes da série Alien e da série Predador, para que viaje a outros mundos e realidades. Vi os dois da primeira série, o “Alien: o oitavo passageiro” e o “Alien: o resgate”, esse último muito elogiado pela crítica, o mesmo produzido por nada menos que James Cameron, aquele do Exterminador do Futuro, Titanic e Avatar. Já nos Predadores, há uma grande pedida para testar sistemas de som e home theater, uma vez que o sistema de áudio desses filmes é exemplar, tudo em 5.1 e alguns em DTS e se Blue-Ray, em Master Áudio. Mas os filmes são excelentes, misturam ficção e terror, mas sem apelação.
Vemos uma mitologia própria nos aliens, mas sem lançar mão de informações de Däniken, escritos sumérios e gravuras arqueológicas, que fazem a base das naves e cápsulas dos abitantes do espaço. Sua superioridade em relação aos seres humanos sempre é evidenciada, e mesmo o forte Swarzenegger no primeiro Predador, apanhou muito. Fato é que em “Alien: o oitavo passageiro” há uma nave comercial e recebe uma mensagem sonora de um planeta em Zeta Reticuli, que para qualquer ufologista sempre foi o local de onde alguns Ets disseram ter vindo, e assim ficção se mistura com alguma realidade. O sistema desses bichos do céu é meio de parasitas, eles nascem do ventre das pessoas e tê estes uma grande rival: a mulher Ripley, que como todas as desses filmes, ou quase, tem comportamento masculinizado, levando uns a crer em lesbianismo. Mas apenas revela em parte a Nova Era, que já era prevista nesses filmes na emancipação feminina, só isso.
Também os aliens têm sangue de ácido, o que dificulta sua morte, haja vista as naves serem feitas de metal. E os predadores, seus inimigos, tem visão de infra vermelho e usam armaduras que trazem invisibilidade, tirando a chance assim dos sensíveis e indefesos seres humanos de os vencer. Claro que todas essas histórias revelam a sintonia com mitologias e religiões, uma vez que Deus ou Deuses são por óbvio mais fortes e poderosos que seres humanos. Mas em Alien 3 a Ripley já namora no começo e tira a dúvida sobre sua natureza sexual, e já no segundo ela tinha filha etc, o que revelava não haver dúvida. Apesar de que no 3 ela está de cabelo raspado.
Já nos predadores, que são muitos, incluindo as versões de “Alien versus Predador”, há uma qualidade de efeitos especiais muito boa, e pirâmides e outras coisas que fazem sintonia clara com civilizações como a Maia e a Egípcia antigas, e sua superioridade em relações a nações outras. Isso sem falar no filme Predadores, onde estão as pessoas em outro planeta, numa selva, o que os coloca como predadores do mundo e da natureza, outra ótica. Revela sempre a inteligência o o instinto necessários para vencer esses inimigos demoníacos, e mais uma vez nos vemos em algo medievo.
Muito interessantes os robôs e os efeitos especiais e sonoros desses e dos predadores, que fazem funcionar sistemas de home theater e cinemas. Também as naves e os seres são bem produzidos e sem efeitos de computador no geral, o que traz mais realidade ao filme, melhor que muitos que desejam o mesmo fim. Vemos ainda em filmes semelhantes, como o que comentei, Pandorum, e mesmo no Prometheus, versões com a mesma tônica. Fato é que não estamos sós e que os antigos não eram idiotas a ponto de inventar seres do céu e monstros, mas apenas relatavam fatos, do seu modo de ver. Apenas vemos aí uma cosmovisão tão verossímel quanto a dos teólogos, religiões e mitologias, apesar da atualização e modernização. Mas são bons filmes, e os melhores no que tange a ficção científica. (Mariano Soltys, autor do livro Filmes e Filosofia, pela editora AGBook, em www.agbook.com.br)