Se o casal Tom (James Franco) e Anna Reed (Kate Hudson), personagens principais de “Risco Imediato”, filme dirigido por Henrik Ruben Genz, tivessem uma música-tema, com certeza, ela seria o samba “Pecado Capital”, de Paulinho da Viola. Explico: como ficaremos sabendo no decorrer do longa, os dois se mudaram para Londres para tomar posse de uma casa recebida como herança por Tom. Entretanto, a vida dos dois na capital inglesa acaba não significando o recomeço que eles queriam. Afundados em dívidas, a luz no fim do túnel aparece quando eles encontram uma grande quantia de dinheiro no sótão que eles alugavam para um homem misterioso – e que aparece morto também em circunstâncias sinistras.
Desde cedo, uma coisa eu aprendi na vida: não existe dinheiro fácil. E, com certeza, o dinheiro que Tom e Anna descobrem não será a solução para todos os problemas que eles possuem. Descobrir aquilo no sótão deles significa para eles somente a aquisição de mais problemas, na medida em que eles passam a ser alvo, não só da polícia que investiga o crime (aqui representada pela personagem interpretada por Tom Wilkinson), bem como de criminosos que atuam com altos requintes de crueldade.
Como se pode perceber, “Risco Imediato” é um filme que possui uma trama muito clichê, com um desfecho ainda mais previsível. Além disso, James Franco e Kate Hudson, por mais que convençam como casal, não estão em seu melhor momento aqui. O resultado é um filme que apresenta somente uma única verdade pra todos nós: que dinheiro na mão de um sonhador como Tom é realmente um grande vendaval e que o desejo de grandeza e a ambição cobram um preço alto, cuja queda pode ser ainda maior quando se acorda do que, um dia, viveu.