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    A Partida
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    4,4
    111 notas
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    26 Críticas do usuário

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    Adriana R.
    Adriana R.

    3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 13 de junho de 2013
    O filme explora os mais fracos sentimentos humanos com uma delicadeza impar e uma boa dose de diversão e comédia, desde o homem perder seu emprego, se sujeitar a um trabalho não tão nobre pela visão de alguns e sentir uma família que fica desprovida de sua guarda moral perante a perda de um ente querido.
    Algumas singularidades do filme mostra o cotidiano japonês, casas de banho que é muito tradicional, a moradia que é pequena mas aconchegante, o modo que o subordinado obedece ao patrão, a comida do dia a dia e até comemorações do final de ano japonês.
    Existe algumas sutilezas no filme que mostra que o Japão esta mudando em que a mulher já não é tão submissa ao homem é mais participativa e opinativa, a homossexualidade foi colocada em pauta e a relação entre pai e filho que no Japão antigo existia uma distancia muito grande já esta diminuindo.
    E uma curiosidades que o filme japonês sempre mantêm é o close ou a câmera fechando no rosto do ator e ele faz careta.
    Com certeza é um filme que você deve alugar, ou melhor comprar e colocar em destaque na sua coleção porque arte de qualidade não é toda hora que se têm.
    Mariano S.
    Mariano S.

    16 seguidores 21 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de junho de 2013
    Filme A Partida e o ser para o nada

    O filósofo Jean Paul Sartre disse que o ser é destinado para o nada. De certo modo ficamos sempre assustados com a ideia que deixaremos um dia de existir. Esse impasse existencial nos faz muitas vezes se arrepender por não termos vivido ou aproveitado coisas da vida, mas ao mesmo tempo nos leva a uma dimensão espiritual, ou mística que faz superar o momento final. Vendo um filme maravilhoso de produção japonesa, A partida, vencedor de Óscar, percebi que talvez a própria transição ou morte possa já ser uma grande lição, além de se perder o ente querido, mas a morte que nos envolve, as células que se vão, os alimentos que ingerimos e assim por diante. A vida é uma dialética entre nascimento e morte, e sabemos que o fim será uma certeza. Mesmo por morar em frente a cemitério, e acompanhar todos os dias ou quase cerimônias fúnebres, percebo que isso nos leva a compreensão maior do momento, sem aquele “desespero humano”, a sombra de Kierkegaard e seu pai. Nessa produção japonesa também o tema da morte e da relação com o pai são centrais, me levando a esse momento existencialista.
    Adoro filmes japoneses. Acho que a qualidade e o foco em detalhes impressiona, e mesmo a cosmovisão é diferente. A certeza com relação ao respeito a tradição é algo bem diferente do que aqui no ocidente e Europa, onde a tradição já se foi faz tempo. Vejo nos rituais funerais de lá uma sensibilidade muito singular, e essa passagem de dimensão ou mudança de corpo se faz de forma mais leve. No filme A Partida mostra por outro lado o tabu que se deve ser na profissão de agente funerário, uma vez que esse músico de violoncelo ao se ver desempregado, procura às cegas o emprego e acha esse serviço que ninguém quer. Ganha muito dinheiro e satisfaz a esposa, escondendo sua real atividade. Ele se transforma e apesar de antes nunca ter visto uma pessoa morta, acaba por ter um contato muito singular com as família e pessoas, uma dimensão super-humana de tratamento, o que antes não possuía. Mas amigos se afastaram e a esposa se separou, haja vista não ser “bem visto” alguém que toca em mortos lá nas terras nipônicas.
    Fato é que me impressionou é a história moderna, do pai que se separa da esposa e nunca mais vê o filho. O filho se torna agente funerário e por fim conhece seu pai apenas no momento de sua morte, fazendo inclusive seu velório. Isso demonstra uma compreensão bem elevada do complexo de Édipo e nos leva a pensar em outro grande personagem da história, em filósofo Kierkegaard, fundador do existencialismo, escola da qual mais conhecemos Nietzsche. A existência é um desafio e vemos que o ser para a morte foi uma paradigma moderno, e mesmo nas artes e na música vemos esse tema ser mais relevante. Nas músicas dos anos 80, seja em Legião Urbana, ou mesmo em um Smiths, vemos o tema da morte e da fatalidade, mesmo o ar melancólico de algumas composições, uma forma de espelhar esse momento existencialista.
    Vemos que o Ser é mesmo um encontro com Deus, e que quando estamos nesse “nada” é que podemos conhecer a plenitude da luz. O filme A partida não foi de modo algum espiritualista, mas mostrou vários funerais de diversas religiões, e de forma artística suavizou o momento que é tido por muitos como o máximo de tristeza ou indignação. O protagonista parece frio, mas o filme leva uma emotividade que está cada vez mais difícil percebermos em nosso momento pós-moderno, cheio de tecnologias e velocidade de informação por redes sociais. Fato é que a gravidez da esposa do agente funerário culminou na vida nova que nasce, em contraste com o perdão em relação ao seu pai e com a tradição da carta-pedra, que o mesmo continuou, uma vez que sabe partilhar dos genes do seu ancestral. Vemos justamente na existência par o nada da morte uma forma de valorizar o todo da vida, e aprender a ver o lado bom das coisas, mesmo que por momentos ruins. A partida venceu porque mostrou um aspecto sui generis, raro no cinema contemporâneo. E o Japão ressurge com antigos saberes, nos mostrando o oriente e a luz maior. (Mariano Soltys, autor do livro Filmes e Filosofia)
    gabalp
    gabalp

    1 seguidor 4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 23 de março de 2013
    Um filme verdadeiramente emocionante, mas leve, muito leve... Retratar um tema tão difícil com esta leveza, não é pra qualquer um. Nada como ter senso de humor apurado... Quem gosta de Cinema, não pode deixar de assistir.
    soniasli
    soniasli

    1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 13 de janeiro de 2013
    Um filme excelente, que trata do tema da morte com delicadeza e suavidade, com um viés de humanismo sem se preocupar com a crença religiosa. Muito bom, mesmo. Recomendo.
    joviniano
    joviniano

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Já dizia o filósofo: 'o anjo da morte quando chega é terrível. depois que nos alcança é uma benção'. Este filme reflete essa angústia de termos a certeza que a morte nos alcançará, mas não sabemos quando e como. Entretanto, ao sermos levados por ela, tudo, passado, presente, futuro, será eternidade.
    Rosali
    Rosali

    1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    ...Um filme de grande sensibilidade, linda história, muito bem contada. Adorei. A música é maravilhosa, combinou muito com tudo.
    felipinho
    felipinho

    29 seguidores 65 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 3 de março de 2012
    ...muito além das expectativas,esse é sem duvida nenhuma muito inteligente,tocante,diferente,pouco cansativo mais um bom filme.
    andreluizgf
    andreluizgf

    4 seguidores 33 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Nossa, que grata surpresa esse filme. O cinema asiático se supera a cada ano. Os meus preferidos do continente eram Mother e Oldboy, mas esse superou os dois, e de longe. A morte é um tema em que poucas pessoas se aprofundam, mas isso deveria ser o contrário. É algo que acontecerá com todos nós e pior ainda, com as pessoas que mais amamos. O filme mostra que não se deve desvalorizar nenhuma profissão. Todas têm seu valor, desde que realizadas com amor e dedicação. Enfim, se você gosta de belas histórias, que mudam sua vida, assista já. É um filme para se ver muitas e muitas vezes.
    Rafael V
    Rafael V

    371 seguidores 210 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Um filme maravilhoso, que trata da morte, de forma singela e tão simbólica, à maneira oriental. Tão sensível, merencório e poético. Um filme conduzido suavemente e com atuações seguras. A transição entre o material/mundano e o imaterial/espiritual é retratada maravilhosamente. Dez!
    dago66
    dago66

    5 seguidores 48 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Por favor, pelo bem da humanidade, do humanismo...não percam.
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