O começo de uma nova trilogia.
O EXTERMINADOR DO FUTURO: GÊNESIS (Terminator Genisys
O EXTERMINADOR DO FUTURO sempre foi uma das minhas franquias preferidas, marcou uma grande parte da minha infância (principalmente com T1 e T2). Os dois primeiros filmes da série são verdadeiras obras-primas, me apresentou um universo fantástico pra época. Depois de vários problemas internos, a franquia passou por uma reformulação, trazendo O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS e O EXTERMINADOR DO FUTURO - A SALVAÇÃO. T3 é de longe o pior filme da franquia, já T4 é bastante questionável, mas em partes até que é bom.
O EXTERMINADOR DO FUTURO: GÊNESIS é a tentativa de recomeçar, até com a possibilidade de formar uma nova trilogia. O longa dirigido por Alan Taylor (Thor: O Mundo Sombrio) não é totalmente ruim, mas é bastante questionável (pelo menos na minha opinião). T5 usa todos os seus atributos para tentar se tornar um filme à altura da franquia e tentar motivar os fãs mais antigos (meu caso), como a volta do icônico Schwarzenegger no comando do grandioso T-800 após 12 anos.
Os roteiristas decidiram atirar para todos os lados em T5. O longa funciona com um reboot/remake logo de início e termina com uma nova continuação. T5 usa várias referências dos dois primeiros filmes da série, com cenas icônicas, como a primeira aparição de T-800, a cena do tênis da Nike, a segunda aparição de T-800 em T2, entre outras várias cenas que foram verdadeiras homenagens à franquia (gostei). No começo o roteiro é totalmente perdido, tentando explicar tudo que aconteceu no passado, antes mesmo dos acontecimentos em T1. Uma coisa que de certa forma me incomoda um pouco, pelo fato da franquia não ter mais pra onde caminhar e tentar explicar tudo que aconteceu, como se eu estivesse interessado em saber os mínimos detalhes dos acontecidos antes do início da franquia (pode ser interessante pra outras pessoas). Pra mim, isso funciona como um roteiro perdido, que não sabe pra onde seguir, usando praticamente uma recolagem de cenas.
Depois de tentar explicar tudo que aconteceu no início, o roteiro parte para outro lado, em tentar criar uma nova estória dentro da franquia. Eu achei bem mediano, não me cativou e não me chamou a atenção toda estória do "Gênesis", e o destino que o Kyle Reese tomou foi uma coisa que me incomodou bastante (não gostei). Eu achei um roteiro muito perdido, sem originalidade e sem coesão, até as partes em que mostravam as viagens no tempo pra tentar explicar algo, ficou bagunçado.
Schwarzenegger é o que salva no filme, assim como já havia feito em T3, mesmo com toda sua idade e seus fios grisalhos, ele é sempre fantástico em um filme do Exterminador. Eu achei interessante a forma como usaram o rosto de Schwarzenegger em um outro corpo pra reformular o T-800 de 1984, mas também fiquei um pouco desconfortável em ver uma nova versão do T-800 mais animadinho como o novo "Papi". Aqueles trejeitos que Schwarzenegger coloca em seu personagem é simplesmente sensacional, como o sorriso robótico (uma referência da cena com John Connor em T2).
O novo elenco é outro ponto questionável em T5 , eu diria que não ficou ruim, mas assim como em O Exterminador do Futuro 3, não chegaram nem perto dos originais (T1 e T2). Jason Clarke apresenta um John Connor bem mediano, principalmente em suas cenas finais, caricato demais para o meu gosto. Jai Courtney é esforçado em sua versão estranha de Kyle Reese, mas também não me cativou. Emilia Clarke até que ficou interessante como uma versão mais nova de Sarah Connor, foi a que mais me agradou, apesar de não chegar nem na sombra da versão icônica de Linda Hamilton. Mas de certa forma ficou bom, até tentando apresentar aquela versão guerrilheira e aquelas caras da Sarah de Hamilton. Lee Byung-hun foi a nova versão do T-1000, uma grande referência e uma grande homenagem a uns dos vilões mais fodas dos filmes de ação. Ficou bom, eu gostei da sua versão de metal líquido, mas o T-1000 de Robert Patrick é simplesmente inquestionável e insubstituível.
Os pontos positivos do longa está nos efeitos especiais, que dessa vez ficaram muito bons, principalmente no personagem de John Connor e no T-1000. A trilha sonora não é uma das melhores, mas ouvir aquela trilha clássica de Exterminador do Futuro ao subir dos créditos foi muito nostálgico. Gostei das referências aos dois primeiros filmes da franquia, foi algo que me deixou bastante feliz e empolgado, ao rever cenas que acompanhei durante a minha infância.
Como um fã da franquia, o que me resta é esperar pra ver se o nosso "pai" James Cameron ainda consegue salvar a série. Vamos torcer para que tudo saia como o esperado e ele consiga trazer a sequência de Terminator que esperamos desde 1991, ainda mais se tiver a volta da nossa majestade Linda Hamilton.