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    Faça-me Feliz!
    Críticas AdoroCinema
    4,5
    Ótimo
    Faça-me Feliz!

    Promessa cumprida

    por Francisco Russo

    Um filme com o título Faça-me Feliz soa como autopromoção barata, no melhor estilo em que o conteúdo não cumpre a promessa da embalagem. Ledo engano. A comédia dirigida e estrelada por Emmanuel Mouret, lançada em 2009 mas que apenas chega aos cinemas brasileiros dois anos depois, provoca risos fartos ao apostar num caminho bem diferente do humor hollywoodiano dos dias atuais, personificado no sucesso Se Beber, Não Case. A aposta é em um humor mais ingênuo, que investe no inusitado sem descambar para baixarias. O curioso é que o sexo serve como pontapé inicial, trazendo uma pitada de sensualidade a uma história que, se for analisada a fundo, é bem liberal.

    Tudo começa na manhã de sábado, com Jean-Jacques ao lado de sua bela namorada, Ariane. Precisando controlar a libido, ele se atrapalha ao receber o telefonema de uma mulher. Trata-se de Elisabeth, alvo de uma experiência sobre a arte da conquista, que o convida para uma festa à noite. Revoltada de início, Ariane resolve incentivar Jean-Jacques a encontrá-la. “Você tem que dormir com ela. Não serei traída por já saber”, ela diz. Surpreso com a afirmação, ele não pensa duas vezes e aceita o conselho.

    A partir de então Jean-Jacques adentra em um universo desconhecido, não apenas pelas poucas informações que dispõe sobre Elisabeth mas também por não estar habituado ao ambiente com o qual ela lida. É neste ponto que Faça-me Feliz lembra muito Um Convidado Bem Trapalhão, comédia de 1968 onde Peter Sellers interpreta um ator indiano em meio a uma festa absolutamente estranha aos seus costumes.

    Extremamente bem-humorado e com diálogos espertos, que captam bem o desespero de certas situações, Faça-me Feliz cumpre a promessa do título e faz com que o espectador saia da sessão com um sorriso no rosto. Destaque para o protagonista e diretor Emmanuel Mouret, pela construção de cada sequência sem perder o misto de ingenuidade e atualidade. Com o tema que tinha em mãos, não era difícil recheá-lo com piadas apelativas.

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