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    O Irlandês
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    4,3
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    108 Críticas do usuário

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    Michael D.
    Michael D.

    1 seguidor 19 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 28 de novembro de 2019
    Inteligente, delicado de forma melancólica, altamente técnico, maduro e preciso.
    Antonio Carvalho
    Antonio Carvalho

    1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 23 de novembro de 2019
    Filme que para ser ruim precisa melhorar muito....
    Filme maçante, e repetitivo, elenco muito bom.
    Eu não recomendo
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.307 seguidores 373 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 20 de novembro de 2019
    "O irlandês" novo filme de Scorsese transpira cinema, trazendo a tela grandes astros e figuras importantes do cinema, como De Niro e Al Pacino, o longa traz novamente todo o clima de mafia, agora, em um épico de três horas e meia, Scorsese conta sua historia com calma, sem exageros ou atropelamentos, conseguindo manter um bom ritmo e trazendo toda a nostalgia do gênero Gangster, com estilo e uma veracidade cruel. 

    O roteiro é contado a partir do ponto de vista de um matador de aluguel que trabalha para varias verterdes de mafiosos, deste o crime organizado a até sindicados, um faz tudo que serve de pilar para que ótimas historias sejam contadas e maravilhosos personagens sejam apresentados, deste Agiotas, mafiosos em fim de carreira, cobradores, sindicalistas e até outros matadores de alugueis, o roteiro as vezes peca no desenvolvimento do protagonista em si, um personagem frio e quase sem remorso que tem um núcleo familiar e motivações conturbadas, porém, sua infinidade de personagens a sua volta são marcantes e com um ótimo desenvolvimento, Jimmy Hoffa e Russell Bufalino são os mais destacáveis, os dois personagens são o condutor que faz a história prosseguir e criar os desenvolvimentos necessário a cada integrante em tela, além disso, os dois Gangsters em si tem um desenvolvimento magistral, melhor até do que o nosso protagonista, seus anseios, culpas e frustrações se espelham com a de Frank, os três criam um complemento, suas virtudes e defeitos se conversam entre si, medo do esquecimento, problemas familiares, traição, fidelidade, cada integrante representa um todo e ajudam a compor um roteiro que apesar de dar um ótimo prosseguimento de história, seu foco principal é em seus personagens que roubam a cena.

    Falando em personagens, o trio já citado é composto de atores históricos do cinema americano, todos os três marcantes por filmes de máfia agora se encontram e protagonizam uma atuação que vai além do "Muito bom" três ótimos atores que enfrentam os problemas de seus personagens com afinco, sutileza e explosão, e até vivem seus dramas em suas vidas reais, o medo do esquecimento, os dramas familiares, são atuações profundas de três gênios que aparentemente haviam deixado sua genialidade no século passado voltam e se provam novamente, é lindo ver três ícones de filmes de máfia atuando tão bem, De Niro, Al Pacino e Joe Pesci merecem uma indicação ao Oscar, De Niro fazendo um personagem frio e contido, porém o mais expressivo, Al Pacino fazendo um clássico personagem explosivo e manipulador, muito comum em sua filmografia porém que sempre funciona, e aqui temos muito mais profundidade do que apenas gritaria, e Joe Pesci, para mim, o melhor do filme fazendo um personagem contido, muito profundo e extremamente ameaçador.

    Tecnicamente, Scorsese não tem erros, talvez, uma queda de ritmo no terceiro ato, mas visto que o filme tem 4 atos, e que o quarto é o mais tocante e profundo é normal essa queda de ritmo, pois fazer um filme de três horas e meia e fazer o telespectador sentir apenas meia hora do filme, tem seu mérito, mas além do encanto das atuações, a direção é primorosa, cenas congeladas, descrições em tela, uso de alívios cômicos com humor negro, uma câmera sempre bem posicionada, ótimos figurinos, uma composição de cenário magnífica, boa fotografia e reconstrução de época, maquiagem incrível, um Oscar quase certo nesse quesito, todo design de produção em é excelente, e ainda por cima temos uma trilha sonora maravilhosa, que circula nos mais diferentes gêneros e ajudam a compor cada cena de tela si, muitas vezes causando o humor, o drama ou o suspense.

    "O irlandês" para mim já é o melhor filme do scorsese no século 21 e um dos melhores de sua filmografia, e o melhor filme de 2019 até então,  um longa profundo, corajoso e que entrega o que promete, une ícones do cinema para um último adeus, e trata sobre esquecimento, amor, amizade e traição de um modo cruel mas muito sentimental,  apresentando grandes personagens que tiveram suas conquistas mas são amargados com a violência da vida, um épico que une muita coisa e consegue agradar e encantar o mais chato dos telespectadores, seja pelo seu enredo, atuação ou direção, ou simplesmente pela reunião de grandes mitos do cinema, ou até pelo seu lado sentimental, Scorsese declama aqui seu cuidado e amor ao cinema.  NOTA: 9,5/10

    CUIDADO SPOILER: O mais novo longa do maior diretor americano vivo é muito introspectivo, ao falar sobre velhice, morte e esquecimento com um elenco que fez muito sucessos, levou diversos prêmios e agora passa por um período de ostracismo e perda de talento, que agora se reencontram, o quarto ato do filme, é de desespero, é o personagem de Frank ainda vivendo sua época de mafioso, ainda não querendo entregar seus companheiros, mesmo que todos já estivessem mortos -E o Scorsese deixa isso bem claro enfatizando a todo momento a forma da morte de cada integrante- , Frank ainda acha que pode ser ameaçado, deixa sua porta na maravilhosa cena final entre aberta como Jimmy Hoffa, com medo de seus perseguidores, seu discurso final com a enfermeira também é cruel, o esquecimento de um homem que ele admirou que agora não existe mais, seu legado está morto, como todo o cenário que ele viveu por anos, tal qual sua família que o culpa por sua frieza e crimes, Frank é um personagem que representa o todo do filme, o maior drama até então, todos os personagens do complexo roteiro tem suas facetas, Russell Bufalino que não conseguiu construir uma família, e apesar de ser simpático nunca conseguiu atingir o carisma que gostaria, Jimmy Hoffa, um mafioso com uma ideologia forte que teve seu maior legado tirado de si e nunca conseguiu o reaver, além de diversos outros plots. São três personagens tocantes e que se complementam e que fizeram parte de uma historia americana de crescimento e crimes que culminou com a morte e ostracismo dessa cultura.
    Eduardo D
    Eduardo D

    26 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 20 de novembro de 2019
    Baseado no livro de Charles Brandt, que trata da história real de Frank Sheeran, O Irlandês é uma grande obra-prima de Martin Scorsese e, principalmente, uma homenagem a três grandes atores que marcaram época: Al Pacino, Joe Pesci e Robert De Niro. Um tributo o qual pode render um Oscar a cada um devido à incrível performance destes senhores.

    A grandiosidade desse encontro com um nível tão elevado de interpretação é possível graças à esplêndida direção de Martin Scorsese. É um trabalho de excelência, focado em passar a melhor experiência em tela ao espectador. Para isso, Scorsese preenche os 210 minutos mostrando toda a riqueza cinematográfica cabível em suas mãos. O design de produção e a fotografia são perfeitos. Já os diálogos densos, cômicos e dramáticos, geram momentos em que o silêncio constrange, em que um gaguejar entrega o espírito de um homem nas suas maiores culpas.

    Joe Pesci parece ter recebido um agrado do Diretor devido aos serviços prestados atuando com personagens explosivos como em Os Bons Companheiros (1990) e em Cassino (1995). Como Russell Bufalino, ele transborda em talento ao fazer um mafioso respeitado, perspicaz, calmo e que busca na intermediação entre o Chefe e os demais o império da ordem nos negócios. Sua fala suave e pausada lembram um senhor querido e amável. Ele admira Frank Sheeran (Robert De Niro) pela família que tem e isso, de certa forma, os une muito, apesar de Peggy Sheeran (Anna Paquin), desde criança, sentir pouca empatia por ele.

    Robert De Niro e Joe Pesci novamente juntos

    Al Pacino interpreta Jimmy Hoffa, um líder sindical do setor caminhoneiro o qual mostra todo seu poder e influência entre sindicalistas e políticos. Idealista, Pacino dá show. Intransigente e teimoso, a relação com a perda de poderes e perseguições políticas faz dele um homem emocional que parece sempre estar a ponto de explodir. A relação com opositores o move como louco, uma vez amedrontado pela perda de poder. A fixação em ser pontual em encontros e reuniões são um incremento cômico ímpar e deixa Al Pacino à vontade em cena.

    O que os dois personagens acima têm em comum mesmo vivendo em realidades tão distintas? A amizade com Frank Sheeran, o Irlandês. Íntima, próxima e que os une como um elo eterno. Quem diria que um dia Robert De Niro seria subordinado a Joe Pesci? Pois aqui, Scorsese faz essa troca”. Sheeran é o ponto fora da curva: caminhoneiro, entrega carnes para frigoríficos. Ao extraviar parte da carga para um restaurante, conhece Russell Bufalino e, posteriormente, Jimmy Hoffa. Ele é uma pessoa prática. Mantém a família sem necessidades graças ao trabalho. E trabalho solicitado ao Irlandês é trabalho cumprido, sem hesitações. Assim, estabelece confiança e respeito no triângulo formado.

    De Niro é o fio condutor da história, inclusive pela narração em primeira pessoa (instrumento sempre utilizado com maestria por Scorsese). É sem sombra de dúvidas o melhor trabalho do ator na década. Tão bom, tão impactante, que é inimaginável não receber premiações no circuito cinematográfico.

    O acerto de Scorsese é contar uma história sem preocupação com tempo. O foco é fazer com que o espectador entenda e sinta como se formou esse elo de confiança entre os dois personagens com Frank Sheeran. Óbvio, isso leva tempo de projeção, mas é feito magnificamente. Temos duas pessoas completamente diferentes e que passam desejos e vontades específicas a Sheeran. Este administra tudo muito bem com sua personalidade solícita. Mas quando o trabalho interfere na amizade, ou o contrário, isso tende a ter um efeito como uma avalanche, um terremoto. E quando ocorre, o espectador vai ao chão, tamanho é o impacto na história. Reflexo do poder de construção da narrativa e montagem da obra.

    Al Pacino faz aqui o contraponto ao personagem de De Niro

    O Irlandês foge do estereótipo glamouroso dos mafiosos visto em outros filmes de Scorsese. Da mesma forma, não utiliza trilha e nem cortes para acelerar o ritmo. É um filme sóbrio, seco. Ver alguém morrendo é escutar em cheio o estampido da arma. A morte é um elemento, não um momento performático. Por isso, a obra é centrada nos diálogos constantes e no relacionamento humano. O pão e o vinho são os símbolos de uma era. O começo, o meio e o fim. E no fim, todo homem carrega nas costas sua história e seus dilemas. E o Diretor, corajoso, retrata tal momento sem ser piegas e cair em chavões. Um homem que vive errante não buscará uma redenção. Ele conviverá e sofrerá com ela e da forma que a idade avançada permite.

    A polêmica tecnologia de rejuvenescimento utilizada pelo Diretor pode gerar algum debate relacionado à qualidade e perda de expressão facial. Mas ela é funcional, assim como, a caracterização dos personagens em idade avançada. Logo, é uma ferramenta que mais acrescenta à trama do que prejudica. Lembrando, não é um elemento chave, apenas uma causa de estranhamento. Há um fato histórico adicionado surpreendente à trama, relevante ao personagem de Jimmy Hoffa, e que adentra à podridão política da família Kennedy assim como as motivações obscuras de invadir Cuba e tirar o “tal de Castro de lá”.

    O Irlandês foi pensado e montado visando seu final. É denso e humano. Enseja um misto de sentimentos conflitantes no espectador. Abala certezas e crenças, questiona o homem e suas escolhas e espanta pela cruel realidade da solidão e do esquecimento. O simbolismo de um anel ou de uma porta entreaberta são meras interpretações frente à certeza de Scorsese. Esse não precisa provar mais nada, está na galeria dos maiores.
    Alan David
    Alan David

    16.735 seguidores 685 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 17 de novembro de 2019
    O Irlandês é um filme do mais alto nível, quase perfeito ou, melhor, perfeito para além de suas eventuais imperfeições.

    Para ler completo, acesse: http://www.parsageeks.com.br/2019/11/critica-cinema-o-irlandes.html
    Gabriel M.
    Gabriel M.

    3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 17 de novembro de 2019
    O filme é pra ser contemplado. É como se vc se sentasse ao lado do narrador "velhinho" pra viajar calmamente com ele por toda sua história. Atuações impressionantes, em especial Al Pacino mandou bem demais. Fotografia surreal. Foda!!
    Fernando Gomes
    Fernando Gomes

    1 crítica Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 16 de novembro de 2019
    Boa tarde. Vocês informam que O Irlandês já pode ser assistido, mas esquecem de informar ONDE. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
    Renato G.
    Renato G.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 1 de dezembro de 2019
    Assisti "O Irlandês", trabalho de Martin Scorcese para a #Netflix, com um trio de atores peso-pesado composto por Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci. Aproveitei que o filme está passando em sessões especiais em alguns cinemas antes de estrear no streaming.

    Gostei muito do filme!

    É preciso ter fôlego para acompanhar a história do mafioso Frank Sheeran (De Niro), o irlandês que dá título à história. São mais de 3 horas e meia de filme. No streaming deve ficar mais fácil de assistir, porque dá para parar, ir ao banheiro, fazer uma pipoca etc. No cinema, reconheço que foi dureza ficar das 20hs até quase meia-noite sentado acompanhando a trama.

    É um filme melancólico, de certa forma, na medida em que vai evidenciando o impacto das decisões e o rumo da vida que vamos tomando na medida em que envelhecemos. A dupla formada por De Niro e Joe Pesci (que interpreta o mafioso Russell Bufalino, seu "padrinho") refletem exatamente este fluxo temporal e de poder. Pesci, aliás, está incrível. Na minha opinião, é a melhor interpretação do filme, chega a ser comovente.

    Al Pacino interpreta Jimmy Hoffa, o líder sindical que nos anos 50 e 60 do século passado diziam ser tão poderoso quanto o presidente da república. A interpretação de Pacino me deu um certo deja-vu de interpretações dele em outros filmes. Tem umas cenas de dança, inclusive, que me lembraram direto cenas similares do filme "Perfume de Mulher". Mas Pacino é Pacino e desconfio que a referência que as novas gerações terão de Hoffa, a partir de agora, será justamente a feita pelo ator.

    Aliás, a trama toda cercando a ascenção, apogeu, queda e desaparecimento de Jimmy Hoffa permeia e costura a relação entre todos os personagens. Isto inclui a revolução cubana, a invasão da Baía dos Porcos, o assassinato de Kennedy e por aí vai. Hoffa também é o ponto principal de tensão entre Frank Sheeran e sua filha Peggy, interpretada por Anna Paquin. A personagem de Peggy funciona, de certa forma, como os olhos do espectador, ao se dar conta, ao longo do tempo, da violência do pai, do mundo em que ele vivia, das coisas que estava fazendo e, por isso, ir acumulando um ódio e ressentimento silenciosos.

    Silêncio é a tônica do filme. Não o silêncio sem som, mas o das palavras não ditas, ou ditas de forma incompleta, dos olhares significativos, do entendimento não verbal que permeia as conversas, acordos e ordens entre mafiosos.

    Enfim, vale muito tomar as três horas e meia para assistir "O Irlandês", até para voltar a ter contato com cinema do bom, pautado em atuações, direção e roteiro inteligentes e não apenas em sequências intermináveis de efeitos especiais e explosões.

    E não deixem de prestar atenção em uma sequência importante no começo do filme em que o Brasil tem uma participação especial e inusitada. Não vou dar spoiler!
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