O Irlandês
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4,3
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Eduardo D
Eduardo D

26 seguidores 62 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 20 de novembro de 2019
Baseado no livro de Charles Brandt, que trata da história real de Frank Sheeran, O Irlandês é uma grande obra-prima de Martin Scorsese e, principalmente, uma homenagem a três grandes atores que marcaram época: Al Pacino, Joe Pesci e Robert De Niro. Um tributo o qual pode render um Oscar a cada um devido à incrível performance destes senhores.

A grandiosidade desse encontro com um nível tão elevado de interpretação é possível graças à esplêndida direção de Martin Scorsese. É um trabalho de excelência, focado em passar a melhor experiência em tela ao espectador. Para isso, Scorsese preenche os 210 minutos mostrando toda a riqueza cinematográfica cabível em suas mãos. O design de produção e a fotografia são perfeitos. Já os diálogos densos, cômicos e dramáticos, geram momentos em que o silêncio constrange, em que um gaguejar entrega o espírito de um homem nas suas maiores culpas.

Joe Pesci parece ter recebido um agrado do Diretor devido aos serviços prestados atuando com personagens explosivos como em Os Bons Companheiros (1990) e em Cassino (1995). Como Russell Bufalino, ele transborda em talento ao fazer um mafioso respeitado, perspicaz, calmo e que busca na intermediação entre o Chefe e os demais o império da ordem nos negócios. Sua fala suave e pausada lembram um senhor querido e amável. Ele admira Frank Sheeran (Robert De Niro) pela família que tem e isso, de certa forma, os une muito, apesar de Peggy Sheeran (Anna Paquin), desde criança, sentir pouca empatia por ele.

Robert De Niro e Joe Pesci novamente juntos

Al Pacino interpreta Jimmy Hoffa, um líder sindical do setor caminhoneiro o qual mostra todo seu poder e influência entre sindicalistas e políticos. Idealista, Pacino dá show. Intransigente e teimoso, a relação com a perda de poderes e perseguições políticas faz dele um homem emocional que parece sempre estar a ponto de explodir. A relação com opositores o move como louco, uma vez amedrontado pela perda de poder. A fixação em ser pontual em encontros e reuniões são um incremento cômico ímpar e deixa Al Pacino à vontade em cena.

O que os dois personagens acima têm em comum mesmo vivendo em realidades tão distintas? A amizade com Frank Sheeran, o Irlandês. Íntima, próxima e que os une como um elo eterno. Quem diria que um dia Robert De Niro seria subordinado a Joe Pesci? Pois aqui, Scorsese faz essa troca”. Sheeran é o ponto fora da curva: caminhoneiro, entrega carnes para frigoríficos. Ao extraviar parte da carga para um restaurante, conhece Russell Bufalino e, posteriormente, Jimmy Hoffa. Ele é uma pessoa prática. Mantém a família sem necessidades graças ao trabalho. E trabalho solicitado ao Irlandês é trabalho cumprido, sem hesitações. Assim, estabelece confiança e respeito no triângulo formado.

De Niro é o fio condutor da história, inclusive pela narração em primeira pessoa (instrumento sempre utilizado com maestria por Scorsese). É sem sombra de dúvidas o melhor trabalho do ator na década. Tão bom, tão impactante, que é inimaginável não receber premiações no circuito cinematográfico.

O acerto de Scorsese é contar uma história sem preocupação com tempo. O foco é fazer com que o espectador entenda e sinta como se formou esse elo de confiança entre os dois personagens com Frank Sheeran. Óbvio, isso leva tempo de projeção, mas é feito magnificamente. Temos duas pessoas completamente diferentes e que passam desejos e vontades específicas a Sheeran. Este administra tudo muito bem com sua personalidade solícita. Mas quando o trabalho interfere na amizade, ou o contrário, isso tende a ter um efeito como uma avalanche, um terremoto. E quando ocorre, o espectador vai ao chão, tamanho é o impacto na história. Reflexo do poder de construção da narrativa e montagem da obra.

Al Pacino faz aqui o contraponto ao personagem de De Niro

O Irlandês foge do estereótipo glamouroso dos mafiosos visto em outros filmes de Scorsese. Da mesma forma, não utiliza trilha e nem cortes para acelerar o ritmo. É um filme sóbrio, seco. Ver alguém morrendo é escutar em cheio o estampido da arma. A morte é um elemento, não um momento performático. Por isso, a obra é centrada nos diálogos constantes e no relacionamento humano. O pão e o vinho são os símbolos de uma era. O começo, o meio e o fim. E no fim, todo homem carrega nas costas sua história e seus dilemas. E o Diretor, corajoso, retrata tal momento sem ser piegas e cair em chavões. Um homem que vive errante não buscará uma redenção. Ele conviverá e sofrerá com ela e da forma que a idade avançada permite.

A polêmica tecnologia de rejuvenescimento utilizada pelo Diretor pode gerar algum debate relacionado à qualidade e perda de expressão facial. Mas ela é funcional, assim como, a caracterização dos personagens em idade avançada. Logo, é uma ferramenta que mais acrescenta à trama do que prejudica. Lembrando, não é um elemento chave, apenas uma causa de estranhamento. Há um fato histórico adicionado surpreendente à trama, relevante ao personagem de Jimmy Hoffa, e que adentra à podridão política da família Kennedy assim como as motivações obscuras de invadir Cuba e tirar o “tal de Castro de lá”.

O Irlandês foi pensado e montado visando seu final. É denso e humano. Enseja um misto de sentimentos conflitantes no espectador. Abala certezas e crenças, questiona o homem e suas escolhas e espanta pela cruel realidade da solidão e do esquecimento. O simbolismo de um anel ou de uma porta entreaberta são meras interpretações frente à certeza de Scorsese. Esse não precisa provar mais nada, está na galeria dos maiores.
anônimo
Um visitante
4,0
Enviada em 13 de janeiro de 2020
Já não é nenhuma novidade para os fãs do cinema de Martin Scorsese o retrato do crime organizado por uma perspectiva, sim, glamorizada, mas nunca glorificadora. As narrações in-Off, os personagens maiores que a vida, e o olhar frio e desnudado da morte são as principais marcas registradas da carreira do cineasta. Após deixar o gênero criminal de lado para contar outras histórias de seu interesse, agora Scorsese volta a todo vapor em O Irlandês, filme que, apesar de não ser um dos melhores de sua filmografia, talvez seja o mais importante da mesma. Tecnicamente impecável, porém demasiadamente longo(e daquele tipo que você realmente sente a duração), o longa se beneficia imensamente de seu elenco lendário, que conta com nada menos que Robert De Niro e Al Pacino(na sua melhor performance em décadas). A edição da veterana Thelma Shoonmaker até ajuda no cadenciamento das cenas, principalmente no primeiro ato, mas infelizmente a sensação que fica é a de que eles poderiam facilmente ter cortado pelo menos 25 minutos de fita. No terceiro ato, por exemplo, você sente que cada cena está se arrastando desnecessariamente. Todavia, nós temos que aplaudir o fato de um grande cineasta veterano como Martin Scorsese ainda conseguir fazer os seus filmes da forma como quer fazer, pois, para o bem ou para o mal, integridade artística é algo que precisamos preservar. Não é um filme tão aleatoriamente sangrento como outros do diretor, aqui o argumento parece muito mais interessado em examinar os impactos do ato de matar em quem mata, e não somente focar na pura exploração gráfica de quem morre. Joe Pesci retornando de um longo hiato interpretando um personagem completamente fora do padrão de atuação que era até então conhecido, e ele entrega tudo e mais um pouco do que o roteiro pede. Outro destaque do elenco secundário fica por conta de Stephen Graham, o ator britânico quase rouba a cena, se não tivesse a posição ingrata de contracenar com Pacino. Em se tratando de desenvolvimento de personagens, um dos pontos que mais me incomodaram no filme foi a personagem de Ana Paquin, a atriz até que faz um bom trabalho com o tempo de cena que lhe é dado, mas nós nunca conseguimos realmente entrar no drama da relação dela com o pai, mesmo ela se tornando parte integral do arco de Frank, a construção dessa trama paralela não combina muito com outras coisas do filme e soa forçada. Como disse anteriormente, esse pode não ser o melhor filme da carreira do cultuado diretor, na ponta da língua, consigo citar pelo menos sete outros longas que julgo superiores, mas este talvez seja o mais importante de toda sua carreira. The Irishman é o retrato de uma cultura perene, esvaziada, e sem maiores impactos na sociedade de hoje. É a reminiscência de um estilo de cinema que basicamente não existe mais, é o ''farewell'' de titãs. É a meditação destas quatro figuras excepcionais(Scorsese, De Niro, Pacino, e Pesci) sobre a mortalidade e o legado que deixamos para os nossos filhos e os filhos deles. Este é o testemunho final de grandes artistas para o mundo, que carrega algumas lições, recados, mas, principalmente, avisos.
Silvana D.
Silvana D.

2 seguidores 3 críticas Seguir usuário

2,0
Enviada em 2 de dezembro de 2019
Com exceção do grande elenco, o filme não empolgou, é muito longo, monótono e cansativo, tanto é que dormi várias vezes. Nem dá pra comparar com Os Bons Companheiros. Foi a primeira e única vez... Sempre digo, o filme quando me agrada gosto de assistir mais vezes de tempos em tempos.
Yanko Rodrigues
Yanko Rodrigues

349 seguidores 254 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 2 de dezembro de 2019
Com certeza já virou um clássico do cinema, o Irlandês se trata de um filme de despedida, que durante sua vida várias pessoas que você conhece vai morrer, isso é muito interessante pq é uma coisa que vc sabe que vai acontecer, mas vc nunca para parar pensar.
Não é o melhor filme do Scorsese, mas todos os filmes dele é alto nível, e esse também é.
O filme tem 3 horas e meia de duração, isso acaba sendo muito cansativo, que bom que é da Netflix pq acaba não sendo um problema.
Ricardo L.
Ricardo L.

60.976 seguidores 2.887 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 13 de novembro de 2022
Mais uma obra prima do mestre Martin Scorsese com elenco espetacular, como nomes como o Genial Robert De Niro, O monstro Al Pacino, O talentoso e melhor atuação aqui Joe Pesci, Harvey Keitel e Anna Paquin. Roteiro impecável, com uma direção de arte e fotografia de primeira, parte técnica bem dirigida, destaque também para o CGI que está incrível ou seja O Irlandês é algo que ficará marcado no cinema.
Lucas M.
Lucas M.

6 seguidores 33 críticas Seguir usuário

2,0
Enviada em 24 de dezembro de 2019
Olha, sinceramente pra mim, eu não curti o filme, achei lento, maçante e chato, teve momentos que me prendeu, mas demorei quase três dias pra terminar de ver, parava e continuava pois me entediava e o filme seguia em macha lenta, sem falar que reparei em um erro bizarro de continuidade na tentativa de matar a personagem do al pacino. São lendas vivas, adoro esses atores, mas realmente não curti.
Felipe F.
Felipe F.

3.584 seguidores 758 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 14 de abril de 2020
Que filmaço, obra-prima de Martin Scorcese, atuações sensacionais de Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci.
Para muitos o filme pode ser meio cansativo, mas não é lento, flui muito bem, tive uma experiência muito tranquila, e prepare-se para a meia hora final que é de lascar.
Anderson  G.
Anderson G.

1.323 seguidores 373 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 20 de novembro de 2019
"O irlandês" novo filme de Scorsese transpira cinema, trazendo a tela grandes astros e figuras importantes do cinema, como De Niro e Al Pacino, o longa traz novamente todo o clima de mafia, agora, em um épico de três horas e meia, Scorsese conta sua historia com calma, sem exageros ou atropelamentos, conseguindo manter um bom ritmo e trazendo toda a nostalgia do gênero Gangster, com estilo e uma veracidade cruel. 

O roteiro é contado a partir do ponto de vista de um matador de aluguel que trabalha para varias verterdes de mafiosos, deste o crime organizado a até sindicados, um faz tudo que serve de pilar para que ótimas historias sejam contadas e maravilhosos personagens sejam apresentados, deste Agiotas, mafiosos em fim de carreira, cobradores, sindicalistas e até outros matadores de alugueis, o roteiro as vezes peca no desenvolvimento do protagonista em si, um personagem frio e quase sem remorso que tem um núcleo familiar e motivações conturbadas, porém, sua infinidade de personagens a sua volta são marcantes e com um ótimo desenvolvimento, Jimmy Hoffa e Russell Bufalino são os mais destacáveis, os dois personagens são o condutor que faz a história prosseguir e criar os desenvolvimentos necessário a cada integrante em tela, além disso, os dois Gangsters em si tem um desenvolvimento magistral, melhor até do que o nosso protagonista, seus anseios, culpas e frustrações se espelham com a de Frank, os três criam um complemento, suas virtudes e defeitos se conversam entre si, medo do esquecimento, problemas familiares, traição, fidelidade, cada integrante representa um todo e ajudam a compor um roteiro que apesar de dar um ótimo prosseguimento de história, seu foco principal é em seus personagens que roubam a cena.

Falando em personagens, o trio já citado é composto de atores históricos do cinema americano, todos os três marcantes por filmes de máfia agora se encontram e protagonizam uma atuação que vai além do "Muito bom" três ótimos atores que enfrentam os problemas de seus personagens com afinco, sutileza e explosão, e até vivem seus dramas em suas vidas reais, o medo do esquecimento, os dramas familiares, são atuações profundas de três gênios que aparentemente haviam deixado sua genialidade no século passado voltam e se provam novamente, é lindo ver três ícones de filmes de máfia atuando tão bem, De Niro, Al Pacino e Joe Pesci merecem uma indicação ao Oscar, De Niro fazendo um personagem frio e contido, porém o mais expressivo, Al Pacino fazendo um clássico personagem explosivo e manipulador, muito comum em sua filmografia porém que sempre funciona, e aqui temos muito mais profundidade do que apenas gritaria, e Joe Pesci, para mim, o melhor do filme fazendo um personagem contido, muito profundo e extremamente ameaçador.

Tecnicamente, Scorsese não tem erros, talvez, uma queda de ritmo no terceiro ato, mas visto que o filme tem 4 atos, e que o quarto é o mais tocante e profundo é normal essa queda de ritmo, pois fazer um filme de três horas e meia e fazer o telespectador sentir apenas meia hora do filme, tem seu mérito, mas além do encanto das atuações, a direção é primorosa, cenas congeladas, descrições em tela, uso de alívios cômicos com humor negro, uma câmera sempre bem posicionada, ótimos figurinos, uma composição de cenário magnífica, boa fotografia e reconstrução de época, maquiagem incrível, um Oscar quase certo nesse quesito, todo design de produção em é excelente, e ainda por cima temos uma trilha sonora maravilhosa, que circula nos mais diferentes gêneros e ajudam a compor cada cena de tela si, muitas vezes causando o humor, o drama ou o suspense.

"O irlandês" para mim já é o melhor filme do scorsese no século 21 e um dos melhores de sua filmografia, e o melhor filme de 2019 até então,  um longa profundo, corajoso e que entrega o que promete, une ícones do cinema para um último adeus, e trata sobre esquecimento, amor, amizade e traição de um modo cruel mas muito sentimental,  apresentando grandes personagens que tiveram suas conquistas mas são amargados com a violência da vida, um épico que une muita coisa e consegue agradar e encantar o mais chato dos telespectadores, seja pelo seu enredo, atuação ou direção, ou simplesmente pela reunião de grandes mitos do cinema, ou até pelo seu lado sentimental, Scorsese declama aqui seu cuidado e amor ao cinema.  NOTA: 9,5/10

CUIDADO SPOILER: O mais novo longa do maior diretor americano vivo é muito introspectivo, ao falar sobre velhice, morte e esquecimento com um elenco que fez muito sucessos, levou diversos prêmios e agora passa por um período de ostracismo e perda de talento, que agora se reencontram, o quarto ato do filme, é de desespero, é o personagem de Frank ainda vivendo sua época de mafioso, ainda não querendo entregar seus companheiros, mesmo que todos já estivessem mortos -E o Scorsese deixa isso bem claro enfatizando a todo momento a forma da morte de cada integrante- , Frank ainda acha que pode ser ameaçado, deixa sua porta na maravilhosa cena final entre aberta como Jimmy Hoffa, com medo de seus perseguidores, seu discurso final com a enfermeira também é cruel, o esquecimento de um homem que ele admirou que agora não existe mais, seu legado está morto, como todo o cenário que ele viveu por anos, tal qual sua família que o culpa por sua frieza e crimes, Frank é um personagem que representa o todo do filme, o maior drama até então, todos os personagens do complexo roteiro tem suas facetas, Russell Bufalino que não conseguiu construir uma família, e apesar de ser simpático nunca conseguiu atingir o carisma que gostaria, Jimmy Hoffa, um mafioso com uma ideologia forte que teve seu maior legado tirado de si e nunca conseguiu o reaver, além de diversos outros plots. São três personagens tocantes e que se complementam e que fizeram parte de uma historia americana de crescimento e crimes que culminou com a morte e ostracismo dessa cultura.
Breno Araujo Lopes
Breno Araujo Lopes

1 crítica Seguir usuário

3,0
Enviada em 28 de novembro de 2019
Tudo está lá, mas decepciona.

O elenco está excelente com o primor da atuação, a direção e a fotografia não faltam a nenhum momento e a gente entende o conceito de cinema arte de Scorsese.

Não sou entendedor de assuntos técnicos, mas os cortes da edição do filme e a sonoplastia chamam a atenção pelo excelente nível.

Dá para entender quando Scorsese diferencia a forma que ele faz cinema e o cinema de grande público.

Toda via, o filme é mais promissor que envolvente, não impressiona no roteiro e deixa a sensação de "só isso?".

Se já viu filmes de máfia, do Scorsese inclusive, você já viu 90% de Irishman, is toques históricos não devem impressionar e aqueles que alegam uma nova pegada devem estar deslumbrados.

É um filme do Scorsese que não está ao nível do próprio.
Vinícius Pereira
Vinícius Pereira

1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

0,5
Enviada em 2 de dezembro de 2019
Não sei como alguém gostou desse filme, estava super entusiasmado para assistir, mais estou muito decepcionado. Muito ruim
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