Animação dirigida por Gore Verbinski, diretor responsável pelo que houve de melhor na franquia Piratas do Caribe, pois dirigiu os três primeiros filmes, e que conta com o retorno de sua parceria que deu extremamente certo com Johnny Depp.
Pois bem, Rango, literalmente é uma animação autêntica, e única, onde Johnny interpreta um personagem que é bem a sua cara: um camaleão (devido a sua incrível capacidade de adaptação aos mais diversos personagens). Aliás, a animação é mais um filme Western que qualquer outra coisa, e as referências são obvias.
A história começa de maneira hilária, com o réptil encenando uma peça de teatro, com vários personagens inanimados, dentro de seu aquário. E a partir dali, após um "quase acidente" na estrada, ele acaba sendo arremessado para fora do carro, e inicia sua jornada rumo a uma hilariante aventura.
Aventura essa, que logo no início, tem uma brilhante referência ao filme Medo e Delírio, baseado na obra de Hunter S. Thompson, com Johnny Depp e Benício Del Toro, pois o camaleão, cai precisamente no para-brisas do personagem Raoul Duke (Depp), que fica com sua cara de alucinado, como de costume.
Aliás, referências são o que não faltam nesse filme, principalmente no que diz respeito aos filmes Western, e como não pode deixar de ser, vemos uma homenagem a Clint Eastwood, e seu personagem o Homem sem Nome, famoso na trilogia de Sergio Leone.
O pequeno e atrapalhado camaleão,começa definitivamente sua saga, quando ele deixa a auto-estrada, e parte em direção ao deserto, onde ele acaba conhecendo Feijão, fêmea de sua espécie, que tem sérios problemas mentais, e acaba o levando a cidade dos bichos no meio do deserto.
A partir dali, o estranho lagarto, subitamente se torna celebridade, tudo por conta de alguns atos "heroicos" meramente acidentais, que o transformam no Xerife Rango (nome de uma bebida, que ele utilizou como seu nome).
Só que, a situação se complica quando ele realmente assume a postura de herói, e bate de frente por conta da falta de água com o prefeito da cidadezinha, que tem seus próprios interesses.
Perto do fim do filme, temos duas aparições muito interessantes, a já comentada referência ao personagem Homem sem nome de Clint Eastwood, e o personagem Jake Cascavel, que atenua ainda mais o clima de faroeste na animação, e se torna um personagem super interessante na trama, um pistoleiro a moda antiga.
O final do filme é fantástico, de deixar o espectador grudado na cadeira. Isso tudo em uma animação, que passa longe de ser um filme infantil.
Em resumo, Rango é uma animação fantástica, que mistura comédia, suspense, e é claro, o bom e velho faroeste, que é profundamente reverenciado nesse brilhahte filme, que sem dúvida alguma eu recomendo.
Nota: 10