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    Professora Sem Classe
    Críticas AdoroCinema
    1,0
    Muito ruim
    Professora Sem Classe

    COMÉDIA SEM GRAÇA

    por Roberto Cunha

    Certos filmes se saem bem nas bilheterias gringas e a gente fica meio sem entender o porquê. Há semanas em cartaz nos "isteites", o título em questão é sucesso incontestável e já faturou mais de US$ 100 milhões. Estrelada por Cameron Diaz e Justin Timberlake, essa comédia adulta vem no rastro do fenômeno Se Beber Não Case! (2009), que carregou no escracho, mas o desempenho em solo brasileiro se dará, principalmente, graças a ela.

    Diaz interpreta a tal professora, mulher sem escrúpulos e interessada somente no  próprio umbigo e em outras partes do corpo. Dispensada pelo noivo porque a futura sogra sacou que ela era uma golpista, voltou a lecionar somente para levantar uma grana, a comissão de frente com silicone e arrumar um marido para bancar seus sonhos de largar a escola. E a chegada de um professor novo e endinheirado (Timberlake) era o que faltava para a sacana.

    Aproveitando o conhecido jeito despojado da atriz, o roteiro até que tenta explorar isso e cria (?) situações politicamente incorretas e pretensamente divertidas, fazendo uso de palavrões e outras coisitas mais. Mas é tudo tão tosco, sem ritmo, que o resultado ficou abaixo da média e o riso passou longe, virando dever de casa para essa turma. É o que acontece numa ridícula cena de sexo (acredite) com calça jeans ou em outra com consumo de drogas na frente de uma aluna menor de idade.

    Na hora de explorar a sensualidade da atriz, chuparam (sem duplo sentido) uma cena de dez anos atrás protagonizada por uma estonteante (na época) Liv Tyler em Que Mulher É Essa?. Ou seja, se a ideia era citar, até nisso os caras pecaram porque Diaz está visivelmente passada para isso. E olha que os roteiristas são da premiada série The Office. Vai entender... E estão escalados para escrever Os Caça-Fantasmas 3! Já deu medo.

    Diante de um cenário tão triste, avaliar elenco chega a ser cruel. Jason Segel (As Viagens de Gulliver), que ainda não emplacou no Brasil, segue mostrando talento para fazer escolhas erradas, enquanto Lucy Punch, vista em Você vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos, de Woody Allen, cumpre bem seu papel de professora rival e pentelha. Quanto a dupla principal, estão coerentes com os papéis sofríveis.

    Dessa forma, o que parecia um grande barato (ver uma estrela num papel fora do comum) virou somente uma brincadeira de mau gosto, reprovada no quesito criatividade e com um detalhe imperdoável para uma comédia: não tem graça.

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