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Phelipe V.
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204 críticas
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3,0
Enviada em 13 de junho de 2013
Apesar da história ser, até certo ponto, irresistível, o filme peca por trazer os personagens coadjuvantes coabitando em um mundo diferente de seu protagonista. Todos esses problemas desaguam na personagem Ingrid, que mesmo que tenha sido atuada o tempo todo com doses de 'medo' e 'insegurança', sua insistência por quase dois anos em viver com Brad beira o ridiculo. É difícil de acreditar, e, o tom escolhido pra caracterizar a personagem contribui ainda mais pra isso.
Tudo isso é ainda mais reforçado pelo uso dos flashbacks, sempre com longos diálogos e situações metafóricas rasas, o que torna o filme um tanto quanto maçante.
Por outro lado, acerta ao dissecar a mente do louco. A forma como o roteiro de Herzog vai desconstruindo o mito é muito legal, e se tivesse sido levado com um pouco mais de rigor, mesmo que seguisse uma linha narrativa não-linear, teria dado um filmão. É bom, principalmente pela aula de mise-en-scene do diretor, pela fotografia maravilhosa e por uma trilha-sonora que é um primor, mas dava pra ser bem melhor.
Creio que nem Sigmund Freud explica os segredos da mente humana. O que faz, a cada um de nós, sermos felizes, tristes ou loucos? Um enlouquecido pode ser um paciente ou apenas vive em um "mundo" diferente? Não vou me adentrar em um assunto tão complexo e sim apenas me limitar em minha humilde opinião deste filme que ousa explorar pensamentos de uma pessoa que era considerada sã e, após uma viagem, se tornou estranha (se bem que já era estranha, só se tornou bem mais estranha). Coisas místicas, aventura sem parar com doses de suspense e terror? Nem..... Um simples drama que o diretor Werner Herzog resolve nos narrar cinematograficamente, o que aconteceu na história verídica do assassino Mark Yavorsky. Eu achei curioso todo o enredo, mas digo: PACIÊNCIA .....(.....é uma virtude.....). Digo porque não temos nenhuma ação, só diálogos e estes, alteram entre o presente e o passado, e assim, busca uma justificativa para o ocorrido. Também não é nada demais, mais conversas e mais conversas sobre a vida do protagonista muito bem interpretado pelo ator Michael Shannon (famoso por ser o vilão em O HOMEM DE AÇO de 2013), se queres um louco em sua película, pode contratar este gajo! Manda muito bem. Do restante do elenco, temos grandes nomes como Willem Dafoe (vilão do HOMEM-ARANHA de 2002), Chloë Sevigny (MENINOS NÃO CHORAM de 1999) e outros, mas de tão insignificante suas participações que de coadjuvantes, quase se tornam figurantes. O legal não é o roteiro (pois poderia ser mais agitadinho, mais empolgante) e sim a visão dada a esta psique do personagem que, assim como diz o trailer (com a famosa voz de trailers), o importante não é saber quem, mas sim o porquê! E é essa curiosidade que me levou a "santa" paciência.....(.....Batman.....). A trilha sonora é boa, especialmente a que se inicia com as apresentações e a que finaliza, não reparei se é a mesma canção, mas sim que são um belo "choro de viola" mexicano, daqueles que dá gosto de ouvir. Muitos, mas muitos vão se decepcionar, ou nem terão tamanha calma em ver o desfecho tão simples como sua trama, que fala sobre uma consciência perturbada e sobre uma mão protetora ao extremo (aquela futura sogra chata "pra dedéu"). Seria este último assunto o motivo? No lo se, mas que uns podem até apreciar, podem, e que a grande maioria irá pensar sobre Herzog que: "Meu filho, o que fizestes?", vai...
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