Eu já sabia que esse seria mais um Blockbuster Disney, e a presença do produtor Jerry Bruckheimer deixa isso claro. Mas o filme se mostrou melhor do que as minhas expectativas, o que parecia um "Piratas do Caribe no Oeste" , se tornou uma versão engraçada de Zorro (O cavaleiro Solitário).
O filme é no mínimo divertido, o roteiro de Justin Haythe, Ted Elliott e Terry Rossio é cheio de piadas e capricha no Humor Nonsense (talvez até demais).
Mas o fato é que dentre tantas piadas, se esconde uma história desequilibrada que depende do carisma do coadjuvante para acontecer. A mistura de Oeste, Comédia e Drama QUASE funcionou, não fosse esse mix desmedido, que em menos de 1 minuto após uma cena engraçada, nos apresenta ao drama da história de um índio americano no velho oeste, e em seguida vemos o início de uma guerra, sendo que ainda estamos pensando na piada. É então que o humor que parecia o ponto alto do filme, acaba atrapalhando a história.
Johnny Depp, e a curta (mas extremamente válida) participação de Helena Bonham Carter, fazem as duas horas e meia de filme valerem a pena, mas era inevitável e previsível que o coadjuvante Tonto, interpretado por Depp, se destacaria mais do que o protagonista de Armie Hammer, o que me faz pensar que o filme deveria se chamar "Tonto e o cavaleiro solitáio", mas não por culpa do roteirista, que deu diversas oportunidades para que Hammer, mas sim do ator, que não conseguiu convencer como herói.
Mesmo com seus clichês, "O Cavaleiro Solitário" diverte. Mas a baixa bilheteria, mostra que já está mais do que na hora da Disney abandonar essa fórmula, e mostrar originalidade nas suas novas aventuras.