Fui assistir a esse filme, é claro, com expectativas, mas ao mesmo tempo com medo de ser uma "bomba" como foi "O Dia Depois de Amanhã" (do qual eu não esperava nada e, mesmo assim, me decepcionou). Mas esse irmão por parte de pai, "2012", me impressionou. Acontece que "2012" é uma experiência cinematográfica não única, mas especial. A temática não é nova, o roteiro não tem grandes reviravoltas, mas é um filme que consegue manter a tensão - bom, uma vez que ela de fato começa, e isso só acontece depois do personagem de John Cusack entrar de uma vez no avião, até aí a tensão é interrompida por piadinhas meia-boca e uma trilha sonora dispensável - até o seu final (que, convenhamos, é muito melhor do que o também apocalíptico "Presságio). O enfoque no menino Noah na cena em que os animais passam voando foi uma sacada genial. Deixa algumas coisas a desejar, principalmente em relação ao personagem Gordon, que aprende a pilotar um avião imenso do nada e, pelo visto, não liga a mínima para salvar a própria vida e a da família (pelo menos é o que o espectador sente quando, apesar da insistência de Jackson, afirma que não é piloto - oras, ele queria morrer em Las Vegas?). Não se pode extrair grandes lições de vida (a não ser que se queira muito e se contente com um clichê) e não será lembrado para sempre, mas é sem dúvida um grande entretenimento.