Ninja Assassino: Crítica AdoroCinema

Quem pensa em assisitir um filme com um título como este e não espera muita ação, merece um combo vazio. (risos) Por outro lado, se busca um longa cheio de sequências incríveis de lutas, o golpe é certeiro. Ninja Assassino, apesar de ser dos mesmos criadores da famosa trilogia Matrix, não tem a mesma combinação de fatores (conteúdo + ação), mas a criatividade em cenas com armas ninja são de tirar a touca, quer dizer, o chapéu. A abertura, por exemplo, é um verdadeiro cartão postal do que está por vir. Tem cortes fenomenais (não falo de edição) e sangue jorrando aos litros na tela.

Na história, uma pesquisadora forense investiga possíveis assassinatos por encomenda e acaba envolvida numa trama internacional comandada por um clã de ninjas em pé de guerra com um membro dissidente em busca de vingança. O filme abusa dos flashbacks para contar a origem do clã e seus integrantes. Tem cenas de extrema violência com crianças - e entre elas - durante os famigerados treinamentos (já viu filme de luta sem eles?) e, nos diálogos fracos, não faltam frases de efeito como “a fraqueza se cura com a força” e “traição se paga com sangue”, repetidas diversas vezes.

Do mesmo diretor de V de Vingança, Ninja Assassino tem muitas cenas no escuro (facilita nos efeitos especiais), mas o impacto visual é incontestável. No elenco, o rosto mais familiar para o grande público deve ser o vilão Takeshi (Rick Yunes - 007 - Um Novo Dia Para Morrer), uma vez que o herói Raizo é vivido pelo desconhecido (por aqui) popstar coreano Rain (Speed Racer).

Assim, prepare-se para visualizar combates dignos de videogame e trilha sonora compatível. Como proposta para os amantes do gênero, Ninja Assassino é um espetáculo sanguinolento, com algum humor e shurikens (estrela ninja) que deixam as cenas do saudoso seriado Os Agentes Fantasmas (1964-1966) com água na boca, ou melhor, sangue. Portanto, se esta é a sua praia, não perca tempo e encare o desafio.