Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Kamila A.
7.530 seguidores
804 críticas
Seguir usuário
2,5
Enviada em 22 de abril de 2018
Alexandria, filme dirigido e co-escrito por Alejandro Amenábar, como a própria tradução do título indica, se passa na cidade egípcia que abrigou uma das maiores bibliotecas e um dos maiores centros do saber da humanidade. É neste ambiente em que encontramos a figura de Hipátia (Rachel Weisz), uma filósofa, matemática e astrônoma que foi muito à frente do seu tempo e que, em tempos em que outras mulheres não tinham acesso ao conhecimento, ajudou na formação de muitos homens que se tornariam líderes daquela localidade.
A história do filme acontece num período em que existia um embate entre a religião típica do Egito, marcada pelo politeísmo, e o cristianismo, que ascendia naquele momento e que pregava justamente a fé em um único Deus. Como representante da ciência, como uma representante fiel do desejo de questionar a todos os dogmas, Hipátia se torna um desafio a ser batido por aqueles que desejam o poder.
Sem dúvida alguma, trata-se de uma história com muitas nuances, principalmente aquelas que dizem respeito à difusão dos conhecimentos científicos e à natural discussão entre ciência x religião. Apesar de ter como diretor alguém com o talento de Amenábar, fica a sensação de que Alexandria promete muito e não cumpre aquilo que era esperado, ao seu final. Fica, no entanto, o tributo ao grande exemplo de Hipátia, que, no meio de tanta barbárie, não comprometeu suas crenças e foi fiel àquilo em que acreditava e, principalmente, representava.
O filme Alexandria faz excelente reconstituição da história daqueles anos tumultuados em que os discípulos de Jesus fugiram de Jerusalém e cuidavam de divulgar os ensinamentos do Mestre sobre o significado da Criação e suas leis naturais, como o de que, o que se semeia se colhe, seja trigo, bondades ou maldades. Muitos deles foram para Roma, mas com o passar dos séculos as explicações iam sendo alteradas pela memória sendo escritas da forma como eram lembradas, restando com mais forças os aspectos pessoais sobre a pessoa de Jesus, que dizia aos seus discípulos que retornaria a sua pátria de onde não voltaria mais, e em sue lugar viria o Filho do Homem, para completar os ensinamentos.
A população sentia forte atração pelos ensinamentos de Jesus, e uma organização religiosa foi ganhando corpo e influência. Constantino o imperador romano, viu no cristianismo nascente a oportunidade para reunificar o Império fragmentado, os bispos assumiram o poder. Uma nova religião passou a se confrontar com a religião do povo judeu, e com o saber sobre os entes da natureza, transformado em mitologia. Abria-se um abismo entre a religião dos bispos romanos e o saber da Criação e suas leis. O saber espiritual que deveria ter sido enriquecido com os ensinamentos de Jesus entrou em processo de estagnação e indolência espiritual da espécie humana.
Isso é o que se vê em Alexandria quando os bispos passam a combater e impedir o progresso no saber com o intuito de ampliar seu domínio. Hipátia, (Rachel Weisz) filósofa e professora que, em Alexandria, buscava entender a Criação, foi acusada de bruxa, e forçada a crer nos ensinamentos da Igreja, mas ela não podia acreditar cegamente sem questionar, e por isso foi condenada, para não prejudicar a ampliação da indolência.
Um retrato da capacidade destrutiva do fanatismo. As cenas em que aparece o planeta Terra e os conflitos em sua superfície provoca a ideia do quão mesquinhos são nossos confrontos. Somos seres que habitam uma ínfima partícula do universo. Nossa existência é pouco significativa para a vastidão do cosmos (ao menos pelo que sabemos, não exatamente pelo que acreditamos). Contudo, muitos de nós desperdiçam sua curta experiência por questões dogmáticas.
Um filme espanhol de 127min, de 2009 e dirigido por Alejandro Amenábar tem como mote principal a figura de uma mulher polímata: Hipátia (Rachel Weisz) filósofa, matemática, astrônoma e referência para os alunos do Egito, lecionou diversos temas e era muito respeitada por eles, despertando inclusive paixões. A forte influência de seu pai a diferenciou do paradigma feminino, forte e constante até hoje, sobre a presença da mulher no poder, o que nos faz refletir sobre a nossa própria cultura e a forma de criação. Curiosa, passa o filme refletindo sobre a forma de rotação da Terra, a distanciando de assuntos amorosos, para desprazer de seu escravo, Davus -Max Minghella -e o futuro prefeito do Egito, Orestes -Oscar Isaac. Tudo isso em um ambiente de forte discussão religiosa, misturando assuntos de governo com a religião, com as consequentes guerras internas resultantes desses embates. Acredito que tanto a figura de Hipátia, como seu contexto da época foi bem representado no filme, com as discussões religiosas a todo vapor (cristianismo, judaísmo e cultura grego-romana) e os fatos acontecendo sem controle social. Vale a pena!
Fantástico. Em uma época a qual somente homens governam e mulheres não passam de meras progenitoras, a filosofa Hepátia detém conhecimentos q são,nao só compartilhados, como também respeitados por toda Alexandria.
O filme eu recomendo principalmente para alunos do Ensino Médio, eles não tem cenas de batalhas épicas, pois o seu foco está na Hipátia, uma mulher que era professora mas com muito sufoco, pois ela era oprimida por homens, cientistas, governo e pela igreja, Hipátia tinha de tudo para desistir, tudo para ficar oprimida, mas ela não abaixou a cabeça, correndo atrás de seus sonhos e se tornando influência para toda a ciência e também alguns físicos, como Isaac Newton
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade