O Caminho foi gravado completamente na Espanha e na França, ao longo do percurso real do Caminho de Santiago de Compostela.
Esta foi a sétima vez que pai e filho, Martin Sheen e Emilio Estevez, respectivamente, trabalharam juntos.
A produção do filme durou 40 dias. O Caminho foi filmado com uma pequena equipe de 50 pessoas e com duas câmeras como material. Nenhum trailer foi usado e, como o diretor Emilio Estevez ironicamente comentou, nem tampouco havia uma cadeira de diretor.
Martin Sheen originalmente sugeriu Michael Douglas ou Mel Gibson para protagonizar o filme, mas Emilio Estevez havia escrito o papel do personagem principal especialmente para seu pai.
Foi a primeira vez desde The War at Home (1996) que Emilio Estevez interpreta o filho de Martin Sheen.
Depois de dirigir pela estensão do Caminho com seu neto mais velho, Martin Sheen inicialmente sugeriu que um documentário fosse feito para promover a peregrinação e honrar o Caminho de Santiago de Compostela. Entretanto, seu filho Emilio Estevez pensou que um veículo comercial independente seria melhor, teria um maior impacto.
Para Martin Sheen e Emilio Estevez, o projeto representa uma mensagem de amor à Espanha e uma homenagem ao avô de Sheen, que é de origem galega.
O filho do diretor, Taylor Estevez, que foi produtor associado do filme, conheceu sua atual esposa ao percorrer o Caminho anos antes.
Quando alguém percorre as 500 milhas do Caminho de Santiago, eles carregam uma concha como identificação. Emilio Estevez recebeu uma concha dessas de um homem que já havia feito esta jornada seis vezes. Quando o diretor fez a rota enquanto filmava o longa, ele manteve a concha com ele todo o tempo.
O personagem de Martin Sheen, Tom, coloca porções das cinzas de seu filho em diversos lugares do Caminho para representar que o filho está fazendo a jornada com ele. Apesar de ser tocante, isto vai contra a doutrina católica: a cremação é permitida, mas todas as cinzas de uma pessoa devem ser mantidas juntas, em um só lugar. Espalhar ou dividir as cinzas oficialmente não é permitido.
Tyler Bates, que fez a música deste filme, havia trabalhado anteriormente como compositor em Censura Máxima (2000), também dirigido por Emilio Estevez.
Yorick van Wageningen interpreta um peregrino holandês no Caminho de Santiago, na Espanha. O curioso é que a Holanda era parte do reino espanhol antes de lutar a Guerra dos Oitenta Anos para adquirir sua independência. Espanha e Holanda também foram as duas nações a se enfrentarem na final da Copa do Mundo de 2010, na qual a Espanha foi vitoriosa.
Tanto James Nesbitt, que interpretou o peregrino Jack, quanto Martin Sheen, que viveu Tom, estiveram anteriormente no The Graham Norton Show (2007).
Em uma entrevista de rádio em Los Angeles para o The Busted Halo Show with Father Dave, Emilio Estevez revelou que muito da inspiração que ele teve para este filme veio da peregrinação idêntica que seu pai Martin Sheen e seu filho Taylor Estevez haviam feito anos antes no Caminho de Santiago de Compostela. Taylor, com então 19 anos, se apaixonou durante a rota, se mudou para a Espanha e se casou algum tempo depois. Desde aquela viagem, Martin Sheen e Emilio Estevez frequentemente conversaram sobre como eles poderiam fazer um filme sobre peregrinação, até que a ideia veio à tona.
"O Caminho pode parecer uma experiência física, mas acaba se tornando algo muito espiritual", comentou Martin Sheen em uma entrevista coletiva sobre O Caminho. E reforçou a mensagem do filme: "É possível fazer o caminho sozinho, mas lá você percebe que precisa dos outros".