Uma fábrica de fazer dinheiro. Assim podemos definir Alice no País das maravilhas, que é, até o momento, o filme mais rentável da dupla Depp-Burton.
Filme esse que, de certa forma, foi massacrado por muitos críticos, na minha opinião, injustamente.
Pois bem, vamos analisar os fatos:
O filme é ambientado na clássica história de Lewis Carrol, que até hoje, tinha como melhor adaptação, a animação clássica da Disney em 1951, e que era o grande pupilo de Walt.
No quesito adaptação da história, podemos dizer que, Tim Burton foi sim, muito feliz, e conseguiu, ao mesmo tempo ser fiel ao livro, e ao desenho, como também, manter o seu bom e velho estilo sombrio, aliás, o que é a marca da própria história em si.
Se formos, analisar as atuações individualmente, temos um grande nome no filme, que, de certa forma, ofusca o restante do elenco, e seu nome é Johnny Depp, que dá vida ao personagem Chapeleiro Louco, e transforma um coadjuvante em protagonista essencial na trama, também pudera, sua atuação caricata, é um dos pontos altos do longa. Mia Wasikovska é quem tem uma atuação em alguns momentos bem vazia, e parece sempre carente daquele algo a mais, algo inclusive que ela não consegue atingir durante toda a trama. Helena Bohan Carter, prova que é uma excelente atriz, e que, tem sim, tino para ser a vilã da história, nesse filme ela tem excelente papel como a Rainha Vermelha. Já a Rainha Branca, interpretada por Anne Hathaway, tem uma atuação um pouco abaixo de seu enorme potencial, e não consegue trazer grande destaque a sua personagem, apesar de um excepcional figurino e maquiagem. Outros personagens que merecem destaque no longa, são o Gato e a Lagarta, dublados respectivamente por Stephen Fry e Alan Rickman, que conseguiram fazer seus personagens serem bem marcantes na trama, principalmente o primeiro, que se tornou um dos símbolos desse novo longa.
O figurino também é outro ponto a se destacar, tal como a maquiagem, e principalmente a fotografia, bem sombria, a lá Tim Burton. O personagens feitos através da computação também ficaram perfeitos. E a história não deixa furos, porém deixa uma brecha para uma sequência, continuação essa que está marcada para esse ano, e acredito eu, será excepcional.
Em resumo, é um bom filme, que eu recomendo.
Nota: 9.0