É um filme com uma história OK, legal, mas eu classificaria ele mais como um filme de fantasia do que de terror (como ele é vendido), pois medo é algo que você não sente no filme, exceto por uma cena mais tensa, (a da furadeira) e outra que apesar de não ser tensa é criativa (a da alucinação na torneira da cozinha), no caso as duas melhores cenas do filme. No resto, é um filme OK que atualiza o original para os tempos de hoje, usando muita tecnologia para investigar os fenômenos (drone e demônios no iPad) algo que não existia na época do filme original. Outro ponto bom do filme é a sua coreografia de câmeras que nos fazem fazer um "tour" pela casa, e os atores estão OK, poderiam dar mais de si, principalmente quando a Maddie é levada, mas para um filme OK eles também estão OK. Enfim, mais um filme que se vende como terror que na verdade é fantasioso (talvez se mostrasse menos, ou não mostrasse, ou outro lado, o inferno, seria mais assustador) mas que entrega uma história legal de se assistir.
Ritmo. Essa é a virtude essencial da versão original do filme "Poltergeist". É preciso tempo para as coisas acontecerem, você não pode começar a vomitar peripécias achando que isso vai prender a atenção de alguém. Tive esperanças nesse remake durante o primeiro terço, mas a partir daí tudo se precipita em uma coleção de piruetas decepcionantes e inúteis. E sim, todas uma colagem das melhores peripécias do original, mas montadas de forma atropelada e apressada. A pausa é crucial para o suspense! Bons atores não fazem mágica. E aliás, como salvar um roteiro onde se permitem personagens tranquilos e fazendo piadas mal escritas enquanto sua filha pode estar morta? A verossimilhança pede um tom gravíssimo para o que está acontecendo. No original, a comicidade de algumas sequências é uma comicidade nervosa, como deve ser - não essa leveza absurda diante do que deveria ser atroz. Dois problemas, diálogos e direção de atores incoerentes com os acontecimentos extraordinários. Em penúltimo lugar, essa necessidade de mostrar ao invés de sugerir. Se o "Tubarão" de Spielberg continua a ser um filme poderoso é justamente porque quase não vemos o monstro em toda a metragem. E por último, ah..., como compensar o poder da música de um Jerry Goldsmith no original? Somente um diretor genial seria capaz de fazer um remake digno com uma trilha sonora tão medíocre como a desse tal Streitenfeld. Melhor seria aproveitar mais o uso dos silêncios... e voltamos de novo ao ritmo, essa necessária alternância entre rápido e devagar, entre ruído e silêncio. Essa qualidade cinematográfica que faz do original uma obra-prima e do remake um fracasso absoluto. Nada contra os remakes... Existem remakes muito mais dignos que as versões originais. Mas esse definitivamente não é o caso.
achei o filme fraco para uma refilmagem de um clássico sem tirar a dublagem que deixa a desejar sem fala que pra um filme de terror ele não consegue colocar medo a quem assisti
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