Armadilhas do Amor: Crítica AdoroCinema

O gênero comédia romântica se tornou um fenômeno de uns anos para cá e a produção de novos títulos só aumenta. Nem tudo é bom e a diferença, claro, está na qualidade dos textos. E quando o elenco ajuda, o resultado só melhora. Contudo, algumas produções nem conseguem chegar nos cinemas devido ao tamanho da concorrência. Parece ser o caso deste filme.

Estrelado por dois nomes conhecidos do passado (Meg Ryan e Timothy Hutton) e com o apoio de dois rostos da atualidade (Kristen Bell e Justin Long), Armadilhas do Amor pode ser um programa interessante para o seu cinema particular. Na história, os personagens de Ryan e Hutton passam por uma turbulência no casamento provocada, aparentemente, pela "nova mulher" moderna, aquela que trabalha muito e ganha mais do que o marido, mas também por um problema que afeta muitos relacionamentos: a dificuldade de ter filhos. Ao acrescentar no caldeirão a famigerada Idade do Lobo, o roteiro explorou bem as questões, mesclando humor e alguma dose de drama, escorado basicamente nos diálogos e algumas situações ridículas, mas engraçadas.

Assim, enquanto ela decide discutir a relação na marra durante um fim de semana no campo, ele, que já tinha jogado a toalha por uma mais jovem (Bell), se depara com uma situação limite que o faz repensar a vida e os verdadeiros sentimentos. O personagem de Long faz uma pequena e sarcástica participação ("quando tenho vontade de casar, aperto minhas bolas até desistir") e a bela Bell (êta cacófato!) faz apenas uma simpática ponta. Armadilhas do Amor não é uma obra prima do humor e pode até não "pegar" você de jeito, mas sem sombra de dúvida é um filme honesto, que diverte e faz pensar em situações bem comuns no dia a dia dos casais. E detalhe: tem um ótimo final. Vale a locação.