Trata-se de um filme do mestre Alain Resnais, de pérolas como: Hiroshima Mon Amour; Ano Passado em Marienbad; Muriel; Noite e neblina, entre outros. Merece todo o nosso respeito e admiração e, sim, todos os filmes dele têm que ser apreciados, porém, reconheçamos que os seus últimos trabalhos são apenas medianos e os prêmios ganhos, são pelo respeito da crítica ao conjunto da obra de Resnais. É o caso de “Ervas Daninhas”, de 2009, que ganhou em Cannes, tais prêmios: Prêmio Especial do Júri e Prêmio Especial - Alain Resnais, pelo conjunto da obra, sem contar a indicação à Palma de Ouro. Porém, o filme é apenas mediano. Longe de merecer Prêmio especial do Júri. O filme tem pontos positivos, sim, tem, exemplos: uma reflexão de como questões corriqueiras do dia-a-dia provocam reviravoltas em nossas vidas. Um homem solitário (vivido pelo ator André Dussollier), casado, com filhos e netos, mas só, a partir de um fato banal, apaixonas-se, platonicamente pela personagem de Sabine Azéma, que não está nem aí para ele. O roteiro desenvolve-se e a maior reflexão é sobre a solidão e como essa pode ser daninha ao amor, à paixão, às pessoas, ao convívio social e familiar, enfim, à vida humana. A solidão é a erva daninha do filme. O filme é apenas mediano, mas, vejam, que é de um mestre da sétima arte, o qual transforma mais um filme regular, numa pequena reflexãos sobre a existência humana. Nota: 6,0.