Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Fernando R.
9 seguidores
5 críticas
Seguir usuário
5,0
Enviada em 11 de abril de 2013
Se nao fosse pelo laço no braço do garoto da capa do filme eu nao perceberia que se tratava, mesmo que ainda insipiente, de um clã, um clã juvenil que com seus segredos e modos de agir nascem no meio de uma repressao de uma sociedade patriarcal totalmente excludente. Tema atual. Mas, há um fenomeno histórico, o nazismo, ou as origens dele. A Alemanha derrotada e humilhada da primeira guerra, é quase que por unanimidade adotada pelos profissionais da area de produção de conhecimento historico como o inicio do sentimento nazista. Mas, há algo mais podre, e foi isso que mais me chamou a atenção, foi a exploração sexual daquele que as pessoas tanto respeitam e que salva vidas o doutor, Os adultos dos filme nao tem nome, tem funções, os adultos sao impessoais, eles constroem essa sociadade mas, seus dramas passam a margem e nesta analise, importam menos. Apenas as crianças tem nomes, e elas estao em algo muito maior que Heneke nos diz a todo tempo no filme, o que de fato faziam, ou como faziam o filme nao nos mostra. É essa a grande jogada da trama, ao menos para mim o final foi o que tinha que ser, e o resto é um raciocinio e subjetividade de quem assiste. Nao precisava ser mais claro. Tocar com tanto terror/leveza em uma sociedade sem expor esses fatos é pra poucos.
Oscar: Christian Berger (fotografia), Alemanha (melhor filme estrangeiro), Palma de Ouro para Michael Haneke (direção) no Festival de Cannes.
No vilarejo de Eichwald, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a aparente tranquilidade esconde mistérios inquietantes. O médico local, vítima de um estranho acidente, encontra seu cavalo ferido por uma armadilha. Outras ocorrências igualmente perturbadoras começam a surgir, desafiando o cotidiano dos habitantes.
Em meio a uma atmosfera de rígida hierarquia social e moral, o filme examina os pilares da violência e da repressão na formação de uma geração. Retratando as crianças do vilarejo, suas interações e as influências dos adultos, o diretor Michael Haneke constrói uma narrativa sobre as raízes do autoritarismo e da intolerância.
Filmado em preto e branco, o longa evoca o estilo das produções clássicas do cinema europeu, trazendo uma fotografia que amplifica o impacto de cada cena. O trabalho minucioso na direção de arte e a precisão nos detalhes históricos contribuem para a autenticidade do retrato dessa época sombria.
A história não apenas reflete os acontecimentos que precedem a Primeira Guerra Mundial, mas também propõe uma reflexão sobre a complexidade humana: seriam essas crianças futuras vítimas ou perpetradoras de uma sociedade marcada pela opressão?
Curiosidade: O título faz referência à fita branca que as crianças eram obrigadas a usar como símbolo de pureza, reforçando os temas de moralidade e controle social explorados ao longo do filme. Clássico!
As escolhas inteligentes desta obra-prima começam no título do filme, uma "clara" tentativa de demarcar aquilo que, na verdade, expõe o efeito devastador de quem se julga dono das fitas, mas lida com as próprias transgressões por meio da proliferação da violência. O tom sombrio exposto pela dualidade e o confronto das cores é uma opção e solução muito adequada que permite várias inferências e oferece respostas durante toda a narrativa. O efeito perturbador de uma suposta "lentidão" é uma opção adequada para a permanente reflexão. A religião exposta como coerção e não como clara manifestação do amor nunca torna as pessoas melhores e felizes, apenas incentiva a formação de um séquito revoltado e beligerante. Um excelente filme, talvez um dos melhores já produzidos, que não acaba após 2h24, como acontece com a maioria. Certamente não ganharia o Oscar e ganharia em Cannes, pois filmes densos e que exigem contextualização histórica nem sempre são claramente compreensíveis e, por isso, não são exatamente comerciais.
Uma grande obra de um grande diretor chamado Michael Haneke, onde o mesmo tem uma direção sublime que usa de comparações uma arma contra a guerra e deixa a interrogação de como aquela geração de crianças estavam por vim nos próximos vinte anos ou seja na chegada no Nazismo. Se trata de um filme lento, se tornando um filme para amantes de história. O roteiro é único, seu formato é não copiável, sutil e feroz, deixando na cabeça do telespectador dúvidas necessárias, sua fotografia é lindíssima, juntamente com sua direção de arte alavanca e o coloca entre os melhores filmes de 2009, sendo merecedor a varias indicações ao óscar, inclusive melhor filme, direção, ator, roteiro, fotografia, filme estrangeiro e trilha sonora. A fita branca é um marco do cinema Alemão e que irá crescer muito com o decorrer dos anos.
Uma bela obra que retrata e tenta mimetizar a história do que seria as famílias da Alemanha no inicio do século 20 com suas particularidades. Em alguns momentos cenas pesadas e repugnantes, para quem vive hoje no pleno secularismo. O final deixa a desejar. Mas a sutileza que o diretor, atores e redatores trabalham para segurar essa trama no povo da aldeia de camponeses alemães, com suas problemáticas pessoais, é de elogiar e tirar o chapéu. Um filme legendado que compensa de assistir, mesmo com uma história bastante esquisita. spoiler: A hipocrisia do pastor, seus aprendizes, a falta de informação entre todos os personagens, o amor platônico do filho do alfaiate. São histórias pessoais bacanas que vidra você.
A tranqulidade da narrativa provoca um turbilhão de pensamentos em quem conhece o desenrolar da história nos anos seguintes ai fim do filme ( que termina em 1914 - o ano em que se inicia a I gurerra mundial). O que me ocorria o tempo todo eram reflexões sobre: o ovo da serpente sendo chocado, a banalidade da crueldade, o desprezo pela vida humana, o destino desafiando a humanidade, o abandono da racionalidade, etc... Tudo muito ligado ao dias da desgracada republiqueta brasileira pós regime militar, com sua hipocrisia, sua vileza, seus homicídios, estupros, matança no trânsito. ( Continua)
Filme muito bom, roteiro muito bem escrito. Não tem um personagem principal, são vários núcleos familiares que tem seus dramas internos e que se interconectam na vida comunitária. Se fosse colorido, o filme seria melhor ainda.
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade