"Homem-formiga" não decepciona. Eu esperava um filme fraco, assisti a um filme muito fraco. Louvável a tentativa de ampliar o "universo Marvel", ainda mais com um herói desconhecido do grande público. O resultado foi "muito fraco", mas não chegou ao nível "ruim" ou "péssimo".
O roteiro segue a regra dos primeiros filmes dos outros Vingadores, no estilo "conheça o herói". Para muitos, as piadinhas que já existem nos demais e são ampliadas neste se tornam atrativo. O problema é que, no geral, provocam sorrisos e risos discretos, não risadas verdadeiras. Ingrediente supérfluo e que só não se torna irritante (ainda que ridículo) graças ao carisma de Paul Rudd. Aliás, Rudd aparenta ser dotado de um carisma esponjoso, que diminui todos ao redor. Um bom protagonista, com coadjuvantes discretos (até mesmo Michael Douglas, no modo automático, mas melhor que a atriz que faz casal com Rudd, péssima) e um antagonista nada amedrontador.
Na verdade, o grande problema reside no roteiro, que, apesar das piadinhas que agradam muitos e das cenas de ação que atraem a maioria, não é um texto robusto. Isto é, a história é tola e infantil. Pior, não convence. O perigo do vilão e a motivação do herói não têm conteúdo. Não obstante, a proposta é essa. O mais infantil dos heróis na menor das tramas. Pode crescer com os demais Vingadores. Esse falhou, o futuro, porém, pode ser melhor.