Os filmes de ficção científica se destacam por vários motivos. Entre eles destaco a abordagem de temas que mostram algumas possibilidades para o futuro ou ratifica uma visão futurista. Neste filme isso é um destaque. Antes concebido em série na década de 60 traz praticamente o mesmo elenco que ajudou a realizar uma das franquias mais rentáveis da história do cinema. Isso não é uma realização fácil e só mesmo com muita competência se alcança o fenômeno que são estes filmes.
O renomado Almirante James T. Kirk volta ao comando da Enterprise quando um objeto de tamanho descomunal e energia idem se dirige à Terra após já ter destruído uma frota Klingon e uma base da federação. Para isso ele vai contar com sua antiga equipe e com o comandante da Enterprise que ele veio substituir.
Quando cito que esta é uma série de enorme sucesso na história do cinema destaco não só ao público que é fiel a sua série, mas este filme criou tamanha força que sua história está em produtos como bonecos, naves e até RPGs. Por isso posso imaginar como o fã que já vem da década de 60 acompanhando a série ficou deslumbrado (como qualquer um ficaria) com o passeio em que Kirk faz no estaleiro enquanto a nave está em conserto. Contemplar aquela grandiosidade da nave, não só em tamanho físico, mas em uma grandeza histórica é de emocionar.
Nesta produção assistimos ao nascimento de um novo ser. Assim este filme acaba por nos mostrar o que hoje já sabemos no que a vida se tornou. O tema é a interação homem-máquina em que hoje somos testemunha da enorme interação que há entre eles, podendo até afirmar que em alguns campos o homem se fundiu a uma inteligência artificial. E como um filme de ficção não deixa de citar o quão pode ser perigosa essa fusão. A ideia de utilizar a sonda Voyager também implica em uma escolha inteligente, pois elas foram lançadas em 1977 (dois anos após o lançamento do filme) e até hoje estão viajando pelo espaço. Quem sabe daqui a uns trezentos anos ela não volte como Vger.
Utilizando efeitos especiais que para a época eram interessantes e uma trilha sonora que até hoje ecoa em nossa mente, Jornada nas Estrelas é um filme que busca divertir, mas não nos traz aquela diversão vazia em que muitos produtores/diretores acham que podem ganhar dinheiro/fama.