Pra mim, o melhor filme de romance já feito. É de uma beleza poética indescritível.
Conta uma história de amor com todas as suas nuances, onde em meio a crises, paixões e preconceitos se precisa tomar uma decisão que pode afetar o resto de suas vidas.
Pode-se dizer que “As pontes de Madison” é uma ode à simplicidade. Ninguém melhor do que eles para expressar tal beleza. Como Francesca afirma, à certa altura, ela vive uma vida de “detalhes”. Detalhes, esses, que não escapam à percepção de Robert. Com seu olhar de fotógrafo, treinado para captar beleza, ele percebe a sedutora mulher que há em Francesca quando ela, do auge de sua maturidade, prepara o chá, seleciona os legumes, fala de si e dos seus com paciência e pudor.
O encontro de Robert e Francesca é um dos mais comoventes e profundos da história do cinema. A despeito dos seus contrastes, a provinciana dona de casa que não conhece muito além da cidade em que vive e o fotógrafo cosmopolita da National Geographic, com uma rica bagagem de experiências pelo mundo, o filme nos convence de que eles foram feitos um para o outro.
Uma doce melancolia atravessa todo esse cenário. Os pés no chão, o senso de responsabilidade e a pesada consciência das condições concretas, típica de quem já passou dos quarenta, deixam no ar a idéia de que já não há mais tempo para este amor. Ele chegou tarde.
Ótimos atores. Ótima história. Um romance entre pessoas com mais idade do que o usual nos filmes, o que eu estava curioso pra ver como seria e curti demais.
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