Média
2,4
51 notas
Você assistiu Megalópolis ?
3,5
Enviada em 31 de dezembro de 2024
Francis Ford Coppola retorna ao cinema com Megalopolis, uma obra que ambiciona refletir sobre os ciclos históricos e as lutas de visões utópicas contra a decadência. Ambientado em uma Nova York fictícia chamada "Nova Roma", o filme segue Cesar (Adam Driver), um arquiteto visionário que deseja transformar a cidade em um farol de inovação, enfrentando forças conservadoras representadas pelo prefeito Cicero (Giancarlo Esposito) e um magnata reacionário (Jon Voight).
Enquanto visualmente deslumbrante e repleto de simbolismos que evocam a história e a filosofia, o filme peca por ser narrativamente fragmentado e intelectualmente caótico, dividindo opiniões. Há momentos de genialidade visual e ousadia, mas os excessos artísticos e a desconexão emocional com os personagens principais tornam a experiência desafiadora, dependendo mais da visão de Coppola do que de sua execução coesa. Mesmo assim, Megalopolis é um testemunho da ambição criativa de um diretor veterano, sendo mais uma jornada experimental do que uma narrativa convencional
Apesar da visão ousada e das imagens impressionantes, a obra sofre com pequenas falhas de coesão narrativa e momentos excessivamente indulgentes, o que pode alienar boa parte do público., sem deixar de ser um bom filme.
0,5
Enviada em 10 de dezembro de 2024
Que grande porcaria e perda de tempo. Não dá pra acreditar que essa bomba veio do mesmo cara que fez O Poderoso Chefão e Apocalypse Now. Personagens sem graça, as discussões são uma gritaria insuportável, o Dustin Hoffman ta ali só pra aparecer no elenco mesmo, pq qual a importância dele na história? O Esposito que é reconhecido por ter vivido um otimo vilão, aqui está o tempo todo aos berros. Se eu soubesse com certeza não gastaria pra ver isso no cinema. Desperdício total de dinheiro e tempo. Esses mais de 170 milhões que o Coppola gastou não se justificam em tela, pq nem mesmo os efeitos e toda a parte técnica em geral salvam esse fiasco.
Rubens L

1 crítica

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0,5
Enviada em 4 de novembro de 2024
Suco ultra pós moderno de sabor horrível. Não adianta jogar todo tipo de experiências na cara do espectador e esperar que ele tenha um insight profundo. Esse filme é uma viagem de LSD ruim.
0,5
Enviada em 1 de novembro de 2024
Na minha opinião, esse foi um dos piores filmes que já assistir. Sem pé nem cabeça. Entendo que eles tentaram criar críticas em cima do filme, porém viajaram demais! Perdi meu dinheiro e tempo. Não recomendo a ninguém.
3,5
Enviada em 4 de novembro de 2024
Bonito e estanho, megalopolis tem boas atuação e varias cenas belissimas e tbm tem uma cena que pegou de surpresa
4,0
Enviada em 30 de dezembro de 2024
Não chega a ser a "grande obra" de Copolla, mas o filme tem seus meritos. A qualidade da produção (bastante fantasiosa) e o visual impactante são pontos positivos da obra. Um ponto interessante é o roteiro descrever a utopia projetada por um homem traçando um paralelo da Roma antiga com o atual Estados Unidos. Um delírio, mas que pra mim funcionou. Entretanto o filme apresentou alguns pontos fora da curva como a estranha caracterização e atuação de Shia Labeouf e o final sem grandes surpresas frente a um projeto megalomano de Copolla.
3,0
Enviada em 21 de novembro de 2024
Sinopse:
Um conflito entre César, um artista genial que busca saltar para um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o prefeito Franklyn Cicero, que permanece comprometido com um status quo regressivo, perpetuando a ganância.

Crítica:
"Megalopolis", de Francis Ford Coppola, é um ambicioso projeto cinematográfico que reflete a visão grandiosa do diretor sobre a luta entre diferentes visões de sociedade. A história apresenta César, um artista inquieto que almeja um futuro idealista, e seu antagonista, o prefeito Franklyn Cicero, que simboliza a resistência à mudança e a manutenção de um status quo corrupto.

A riqueza visual do filme é inegável. Coppola demonstra um domínio técnico impressionante na cinematografia, com cenários que evocam tanto a grandiosidade quanto a decadência urbana. Essa dualidade estética ressoa bem com a narrativa, onde a luta entre o ideal e o real se torna palpável.

No entanto, desafiando todo esse esplendor visual, o roteiro apresenta algumas falhas. O desenvolvimento dos personagens, em especial de César e Cicero, por vezes não consegue transmitir a profundidade emocional necessária para que o espectador se conecte plenamente com suas motivações. O idealismo de César é inspirador, mas sua jornada sofre com momentos de lentidão e diálogos que, em certos pontos, soam excessivamente filosóficos e distantes da realidade, o que pode alienar parte do público.

A relação entre César e Cicero levanta questões pertinentes sobre a luta contra a ganância e a corrupção, temas muito relevantes na sociedade contemporânea. Entretanto, a simplicidade da dicotomia entre idealismo e conservadorismo, embora poderosa, muitas vezes se apresenta de forma previsível, deixando a sensação de que o filme poderia ter explorado nuances mais interessantes.

Apesar dessas críticas, "Megalopolis" é uma obra que vale a pena ser assistida. O filme traz à tona debates sobre utopia e o papel do artista na sociedade, fazendo-nos refletir sobre o futuro que desejamos. A produção é uma prova da determinação de Coppola em criar uma narrativa relevante, mesmo que de forma imperfeita.

Em suma, "Megalopolis" é uma obra intrigante que, embora não atinja todas suas ambições, oferece uma experiência visual marcante e estimula discussões significativas sobre o papel da arte e da política na busca por um mundo melhor.
Lipe

1 crítica

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1,0
Enviada em 5 de novembro de 2024
Coppola mirou em um filme, por meio de formas contemporâneas, filosófico e profundo, que aborda diversos aspectos da sociedade e da natureza humana, porém acertou em uma narrativa e ingênua e simples. Possui a profundidade de um pires, com uma filosofia de uma criança que sonha em um mundo ideal sem refletir sobre as complexidades humanas. Nenhuma personagem é complexo, embora o elenco seja de grande peso. A estética - que tentou mesclar conceitos contemporâneos de efeitos visuais e direção de arte que mistura elementos - ficou cafona.
5,0
Enviada em 17 de novembro de 2024
Esse filme é fantástico uma obra temporal quem não gostou deste filme é porque não entendeu a obra prima que Francis Ford coppola fez é um filme fantástico onde mostra os elementos de distopia utopia mas muito teatral é uma obra-prima vale cada minuto assistindo desse grande magnífico filme alguns anos na frente vocês verá como esse filme será tido como uma grande obra prima no cinema
4,0
Enviada em 1 de novembro de 2024
Megalópolis – a obra fáustica de Francis Ford Coppola

O canto do cisne de um artista genial?

Porque parece a síntese mais complexa de toda uma vida de um artista inesgotável.

Possuidor de uma potência criadora capaz de produzir uma obra desta envergadura após outra obra extraordinária, única, como Apocalipse Now.

Como O Fausto, Coppola construiu esta obra por 42 anos. O Fausto levou 50 anos de Goethe.
Como Shakespeare que fez de seu Hamlet um ser questionador, atormentado por seu tempo, Coppola criou seu Cesar Catilina.
Tal como Fausto – personagem épico, um homem da ciência, mago e alquimista, desiludido com o seu tempo, apaixonado pela técnica e progresso, e que almeja ao encontro final com a beleza:
“diria ao Momento – Oh! Para enfim – és tão formoso!” (Fausto - tradução de Jenny Klabin Segall)
É assim o “Fausto / Hamlet “ de Coppola – Desbravador, ousado, obcecado pelo belo e pelo moderno, pela ciência e pela imortalidade (criou uma substância indestrutível e que transporta à modernidade – o megalon); nosso personagem também quer parar o tempo. Quer deixar pro mundo uma obra imortal.
E como Hamlet – é niilista, questionador e conflituado com seu tempo, sua mãe e seu tio Claudio – referido várias vezes em seus discursos (Ser ou não Ser, Somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos...)
Sua Julia nos remete ora à Ofélia, ora à Cordélia.

Megalópolis é uma obra “barroca” – pelo uso excessivo de efeitos plásticos, gongóricos, de imagens, cores, sons, palavras...
Se utiliza de inúmeras possibilidades da linguagem audiovisual – filmes, desenhos, pinturas, animação; é um “melting pot” de efeitos e ritmos, que produzem tanta beleza que nos arrastam em seu delírio criativo sem limites. Traz inúmeras referências ao cinema, como a gigantesca torre que nos remete à Metropolis de Fritz Lang.
Não é de se estranhar, portanto, que não seja uma obra para todos.

A coragem absoluta do cineasta em fazer a obra de sua vida de forma independente, bancada com parte de seu patrimônio, o que já havia feito por ocasião de outros projetos seus, faz do personagem central uma espécie de seu alter-ego.
A quem ele, de modo otimista, não só em relação a seu personagem, mas também à humanidade, dá um final redentor.

Como Fausto, que, ao morrer, vence Mefistófeles, e é levado, por um coro de anjos para junto à divindade.
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