Retórico e experimental, Godard usa esse filme como um pretexto para a autoafirmação e o experimentalismo. Com o uso de jumpcuts, em grande escala, busca uma nova forma de fazer cinema. O nome mais lembrado da nouvelle vague faz uma obra de arte em movimento em seu filme.
Porém, não tem mais nada a oferecer. É um ensaio sobre a estética godardiana, a descontinuidade, os jumpcuts, e mostra pela primeira vez a sua exímia habilidade no uso das cores, ressaltando seu nacionalismo com o uso das cores da bandeira francesa.
Essa obra é puramente estética, o que pode enfurecer os desavisados ou maravilhar os velhos navegantes. Logo, a obra perde muito com o ritmo lento, a não-linearidade e o roteiro desconexo, porém serve para contemplarmos o estilo revolucionário de Godard, que traz aqui belíssimas cenas, planos e referências ao cinema da época.
Nota: 7.4