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Rodryg A.
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31 críticas
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1,5
Enviada em 15 de julho de 2018
Filme bem arrastado e sem muito desenvolvimento. Uma verdade isso é: retrata uma verdade cruel de quem não tem amor á pequena vida que esta para vim ao mundo, se formando dentro de alguém que não tem amor. Mas o filme em si não é nada bom.
Iniciado em 2003 com filmes que desafiavam a percepção do espectador com longas compostos de ritmo e narrativa contemplativos e naturalistas usadas para registrar momentos particulares de seus personagens como se fossem registros documentais, o novo cinema romeno, a partir de longas como A Leste de Bucareste e A Morte do Senhor Lazarescu deram o pontapé inicial para o movimento cinematográfico que, dentre outras coisas, revisitava o passado recente de seu país de origem ao ambientar seus filmes nos últimos anos da ditadura de Nicolau Cerseascu. Porém, a grande obra-prima desse movimento foi, sem dúvida, o premiado 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, filme dirigido por Cristian Mungiu que, contando a história de duas colegas de faculdade, Otília (Anamaria Marinca) e Gabitza (Laura Vassiliu), tentando conseguir um hotel para que a mais frágil delas, Gabitza, pudesse abortar, tendo que contar, para isso, com a ‘ajuda’ do ‘médico’ conhecido como Sr. Bebe (Vlad Ivanov). Porém, devido à negligência de Gabitza, o plano não sai como o esperado e o Sr. Bebe exige mais dinheiro para a operação de aborto... (LEIA O RESTANTE DO TEXTO NO LINK ABAIXO!)
O filme retrata a realidade de muitas mulheres em países em que o aborto é proibido. A narrativa é lenta porque mostra com bastante veracidade como esse processo de interromper uma gestação é delicado, uma decisão muito difícil. Mas, que ao mesmo tempo a sociedade não deveria jogar nas costas da mulher como a obrigação de gestar uma criança, uma vez que engravidar não é uma escolha algumas vezes - e ter um filho não deveria ser tratado como uma penitência. O filme funciona como uma reflexão a respeito do tema, e de como os impedimentos legais tiram cada vez mais a autonomia da mulher sobre seu próprio corpo - e sua própria vida, uma vez que depois que o bebê nasce a responsabilidade é toda da mãe na imensa maioria das vezes. O sujeito mulher deixa de ser mulher para ser mãe, e tem de abandonar tudo para viver em prol de uma outra vida, por muitos anos. Enquanto ao homem o papel de pai é "optativo". O filme mostra bem como essa decisão de abortar é dura, difícil, dolorosa, mas que ser mãe não deve ser punição, mas uma escolha. É uma obra muito importante. Não conheço outra que retrate essa questão tão pesada de maneira tão realista.
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