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    As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada
    Críticas AdoroCinema
    1,5
    Ruim
    As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada

    AVENTURA EM FAMÍLIA

    por Roberto Cunha

    Mais uma adaptação da literatura infanto-juvenil chega nos cinemas e o texto que se segue foi escrito por quem não leu o livro, mas viu o filme e se ele precisasse de "guia" para ser entendido, o resultado não seria bom. Felizmente, não foi o caso de As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada.

    Terceiro filme da série baseada na obra de C.S. Lewis (Clive Staples Lewis), esta nova aventura pontua claramente um momento de transição dos personagens Lúcia e Edmundo, mais crescidos e um tanto quanto rebeldes. A diferença é que agora, nesta viagem, eles estarão acompanhados do primo Eustáquio, um verdadeiro mala sem alça que não leva a menor fé no mundo mágico “freqüentado” pela família.

    Para colocar os jovens à prova diante de conflitos comuns como a inveja e a ganância, entre outros, a estrutura narrativa é bastante simples, condizente com o público alvo. Assim, como nos antigos jogos de tabuleiros ou nos nem tão recentes jogos eletrônicos, o roteiro vai elencando uma série de situações em que os heróis precisam se superar para atingir o próximo nível. Ou seja, enfrentar perigos para conseguir prêmios.

    Na história em questão, a missão deles é recuperar sete espadas poderosas que juntas livrarão o reino das garras do mal, mas não sem antes encarar muitas dificuldades numa incrível aventura marítima e épica, na companhia de Minotauros e Sereias, temperada com algumas frases de efeito e de fácil entendimento para a garotada. "Para derrotar as trevas, precisam derrotar as trevas dentro de vocês!”, dirá um personagem.  “Não fuja de quem você é”, alertará outro.

    Embora para os fãs de carteirinha, lugares esquisitos e personagens estranhos possam ser familiares, para o espectador comum, certos nomes ou situações podem soar sem sentido como a participação dos Tontópodes, tendo em vista que mal "pisam" na história e logo saem do filme, mas não sem antes mostrarem que fazem muito barulho ao pular, mas nem tanto na hora de um "sequestro". Sem dúvida, algo que poderia ser melhor resolvido.

    De qualquer forma, as falhas existem, mas não comprometem o resultado final e para tornar o desafio mais fácil, os reis irmãos contam com a ajuda do rei Caspian (o príncipe da aventura anterior) e do rato Ripchip. Agora, difícil mesmo é acreditar na redenção do tal primo, versão jovem do irritante Dr.Smith, da saudosa série "Perdidos no Espaço" dos anos 70.

    Com efeitos especiais de qualidade (sem nenhuma inovação), combates limpos (sem vestígios de sangue) e uma trilha sonora compatível, o longa tem tudo para ser um deleite para quem curte o autor. E poderá agradar também os não iniciados, já que é uma história com começo, meio e fim, fácil de entender.

    No entanto, quem busca um conteúdo mais consistente, o ideal seria mudar a rota porque a bússola pode estar estragada.

    Assista os trailers em As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada. 

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