Nesta quinta colaboração de Martin Scorsese com o ator Leonardo DiCaprio, temos uma cinebiografia de comédia de humor negro baseada na vida do milionário Jordan Belfort (e também em seu livro de mesmo nome). The Wolf of Wall Street é a grande sátira da filmografia de Martin Scorsese. Os filmes do diretor sempre foram marcados por esse estilo narrativo com personagens de caráter duvidoso, histórias repletas de violência, sexo e drogas, e tudo seguindo por uma narração do protagonista, onde vemos uma visão romantizada de sua vida. até que o diretor desconstruir esse romance mostrando a dura e crua realidade com seu protagonista carismático literalmente terminando o filme na merda. Raging Bull, Goodfellas, Casino e muitos outros são marcados por este tipo de história. E é aí que entra a parte divertida de The Wolf of Wall Street, o longa-metragem pega todas essas características e as esculacha ao extremo, o filme é exagerado, afetado, sarcástico e tudo o que você possa imaginar, só provando o quão versátil é o cineasta quando é capaz de se desconstrói e reconstrói ao mesmo tempo e de uma forma tão radical porem elegante. Qualquer cineasta medíocre que já pensou em copiar o Scorsese deve ter se sentido envergonhado depois de assistir a esse filme. As atuações aqui são perfeitas, com um Leonardo DiCaprio fazendo um show em seu papel (sim, DiCaprio não ganhar um Oscar por esse filme foi um crime), além de um Jonah Hill muito divertido e boas participações especiais de Matthew McConaughey, Rob Reiner, Jon Favreau, Spike Jonze e Jean Dujardin. E isso sem falar na presença de Margot Robbie, que bem... eu não acho ela uma grande atriz, mas ela é gostosa, e aqui ela esta muito gostosa. The Wolf of Wall Street é até hoje a grande obra-prima da parceria Scorsese e DiCaprio, comprovando mais uma vez toda a grande genialidade do cineasta perante esta indústria de cinema moderna, cheia de franquias e entretenimento escapista barato.