Shazam pega uma estrutura padrão de filmes de origem, adiciona elementos de Quero ser Grande e brinca com as convenções dessa fórmula estrutural ao máximo, sendo um dos pontos mais positivos do filme o humor de auto deboche e extremamente eficaz e divertido, a grande maioria esmagadora das piadas funciona, e como o foco do projeto é esse ele se saiu extremamente bem, praticamente tudo no filme funciona bem, o roteiro é simples, coeso e como tinha dito usa as convenções do gênero para fazer piadas, os personagens em sua maioria esmagadora são extremamente carismáticos e cada um corresponde com sua personalidade própria, destaque pra família de Billy e principalmente para Freddy interpretado por Jack Dylan Grazer que consegue o feito de conseguir ser extremamente engraçado com um personagem que tinha tudo pra ser insuportável, correspondendo com uma ótima expressividade corporal e facial, outro destaque é Zachary Levi que interpreta um herói bobo, divertido e crianção com uma excelência absurda, ele está muito a vontade no papel e encarnou com perfeição o personagem,embora tenha se diferenciado um pouco de sua contraparte de 14 anos que também é boa.
As sequências de ação cumprem sua proposta de divertir, mas não são muito inventivas e inspiradas, mas são corretas, a trilha sonora é boa e há um uso muito bom de músicas famosas, se há problemas são os efeitos visuais que, por se tratar de um filme com um orçamento mais “humilde” ficaram bem medianos, outro problema é o vilão que embora tenha uma motivação plausível é bem qualquer coisa, ele cumpre o seu dever mas perderam uma chance e tanto de subvertê-lo ou fazer piada com ele, mas ao chegar o terceiro ato chegamos em outro problema que são o uso excessivo de clichês, toda convenções as que o filme convertia em piadas foram jogadas de lado para diálogos e curvas dramáticas manjadas e repetitivas, deixando o grande clímax bem anticlimático.
Mas Shazam é um ótimo filme e merece sua atenção por ser muito divertido e brincar bastante com as convenções do gênero.