Entre a Vida e a Morte
Para John Glenn o mundo funciona como uma grande prisão,e de certa forma como no inferno onde Ben precisa pagar seus pecados. E até que o filme consolida bem essa jornada purgatória de Ben,o primeiro ato é basicamente para firmar a índole do personagem e estabelecer uma carga dramática no personagem e até funciona.
O diretor até compõe bem algumas cenas onde a mise en scène incita essa prisão do Ben - As cenas com o loucos onde plano e contra plano mostram ambos presos - E até funciona em algumas cenas o elemento "Estar sendo vigiado." Mas parece-me que o diretor renuncia essa ideia muitas vezes ao investir numa trama boba de suspense onde o único meio é um som estourado.Até mesmo o drama do Ben é descontinuado,a encenação encontra em alguns relances um equilíbrio,mas ainda fica aquele sentimento de falta.
A subversão de realidade apesar de ser coesa é esticada demais no terceiro ato e parte rumo à um fim tão blasé e com pouco impacto.É uma jornada purgatória rumo à redenção mas que nesse processo "Reflexivo" encontra problemas nas escolhas de um suspense mal trabalhado.