Como as pessoas não gostaram desde filme? Sei que é complicado de entender e tal a primeira vista, mas olhando atento aos detalhes e a cada cena faz- nos ver o quão genial é a idéia desde filme. E sim todas as cenas tem sentido, principalmente a do controle remoto que é muito criticada.
Uma pena as pessoas não entenderem ao certo o que Michael Haneke quis dizer com "Violência Gratuita", como podemos ver nos comentários acima. Muitos acreditam ser um filme sobre "serial killers", vangloriando a violência, quando na verdade é exatamente uma crítica à cultura marginal promovida não só pelo cinema, como pela TV (“Let´s Make a Deal - Vamos fazer um acordo" é dito por um dos assassinos, referência a uma série americana dos anos 60), literatura e por aí vai. Vou citar duas cenas que deixam isso bem claro: Quando Michael Pitt olha para a camera e diz ao espectador que vai tornar o final da trama excitante ou coisa do tipo, a outra cena é a do controle remoto, quando o mesmo ator volta a cena para que seu amigo não morra, simples assim, como em um filme. Haneke critíca a violência em outros filmes, mas aqui ele faz sua critíca em forma irônica. Embora ache a idéia muito boa, não sei dizer bem se funcionou.
É um filme complicado de se comentar, pois o que ele quer apresentar é a sensação de claustrofobia, repulsa e acima de tudo pertubar o espectador. E ele consegue nos deixando a beira dos nervos, mas o que temos a acrescentar a nossas simples vidas vendo uma família de burgueses americana sendo molestados por possíveis "playboys intediados"? E aquela cena do controle remoto? Vale discussão para um fim de semana inteiro. Gostaria de assistir o original.
O clima é o mais agradável possível. A família viaja, descontraída, em busca de férias, nadando em águas cristalinas em um ambiente o mais naturalista e distante da urbanização comum. Nada de muvuca de pessoas, barulhos e violência... este útlimo item, pelo menos era o que acreditavam que encontrariam. Inocente engano. A frieza austríaca de Michael Haneke invade a fita e logo um simpático jovem vestido de branco pede ovos, símbolo máximo da boa vizinhança. O terror tem início. A família é posta a prova de seu amor incondicional, e tudo teria um fim agradável com bandidos sendo mortos em qualquer fita glamurosa Hollywoodiana. Mas estamos diante de uma fita angustiante e claustrofóbica; mas acima disso, provocadora e detentora de recursos metaligüisticos que faz com que sejamos usados como cúmplice das atrocidade cometidas. Se é divertido assistir pessoas sendo gratuitamente degoladas, amputadas, molestadas, como ocorre na safra americana de filmes de terror que faturam milhões mundo a fora, qual seria o mal de ver uma inocente família ser destroçada por dois deliquentes engraçadinhos? A resposta vem na obra mais crua, bruta e psicologicamente violenta que o cinema conseguiu fazer. Funny Games, seja o original de Haneke ou a refilmagem de Haneke, é obrigatório.
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