Minha conta
    Somente Deus por Testemunha
    Média
    3,6
    7 notas
    Você assistiu Somente Deus por Testemunha ?

    2 Críticas do usuário

    5
    2 críticas
    4
    0 crítica
    3
    0 crítica
    2
    0 crítica
    1
    0 crítica
    0
    0 crítica
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Mariano S.
    Mariano S.

    16 seguidores 21 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de abril de 2014
    Filme “Titanic – somente Deus por testemunha” e doutrina de Epicuro

    Vi o filme antigo do Titanic e fiquei impressionado com a qualidade e o foco histórico da obra, que diferente do de Cameron, não se focava em história de amor ou em temas diversos do personagem principal: o navio. O filme tem ritmo de quase documentário e mostra bem fatos relatados por sobreviventes, que apesar do dinheiro, tiveram a lição da catástrofe para repensar seu entendimento existencial. Vê-se em umas pessoas, a proximidade do naufrágio e sua imperturbabilidade (ataraxia), o que nos lembra a doutrina de Epicuro, filósofo da ilha de Samos. Essa ausência de dor nos leva a pensar de como algumas pessoas conseguem suportar certos acidentes, ou situações extremas. Também nos mostra que a riqueza não parece o maior prazer, e que esse prazer tem de ser moderado.
    O navio Titanic carrega em sua história uma complexidade desconfortante. Primeiro que uma pessoas disse que nem Deus afundaria o navio, em uma opinião mais que controvertida. Depois o nome Titanic soma 13, número de azar e que já esteve ligado a diversas catástrofes e pessoas, um deles Napoleão. Mas voltando ao filme, esse explora temas que foram repetidos no filme atual, e que naquele tempo desse, década de 50, era mais feito com talento e maquetes. O navio afunda por inteiro, mas é desafiante a cena final, mesmo aquele momento posterior ao naufrágio. Vemos também que por telégrafo já estava avisado sobre o gelo, e que aquela rota era mais que perigosa no momento. Também percebemos que a preguiça humana de um capitão de navio que estava próximo fez com que a tragédia fosse inevitável, haja vista dormir e não dar bola a fogos sinalizadores do navio inglês.
    Mostra assim o filme a efemeridade da condição humana, e os prazeres vãos em prol da desgraça alheia. Assim a divisão de classe não tornou o navio um “castigo” contra ricos somente, mas uma lição de sobrevivência, uma vez que dos 1500 passageiros, 700 sobreviveram, e que levaram consigo essa suma experiência de vida. Disso observamos essa obra de arte de 1958 ficou assim gravada, lembrando o desespero de uns, e a imperturbabilidade de outros. Isso que impressiona. Como uma banda continua tocando enquanto um navio afunda? E até onde a honra de um capitão vai a fim de que esse afunde junto a seu navio, lutando até ao fim em manter-se de pé? Recentemente notamos o padrão ético de nosso tempo, quando um capitão fugiu do Costa Concórdia, sem nenhuma espécie de arrependimento ou maior dúvida. Mas a imperturbabilidade nesse filme foi mostrada nas pessoas que estavam nos botes, bem como em casais e famílias que se mantiveram hora na proa, hora na polpa do navio, procurando refúgio naquele carma coletivo que traçava o seu destino.
    A doutrina de Epicuro ensina a sabedoria. Não que negue os prazeres da vida, mas que os tenha com moderação. E valoriza mais uma amizade e o autoconhecimento, do que superficiais riquezas e famas. Em nosso tempo já vemos pelo contrário, além de certo luxo, presenciamos um total vazio das pessoas. Fosse hoje, ficariam apáticas e se matariam pelos botes, sem qualquer seleção de proteger as crianças ou pessoas mais velhas. Vemos que o navio social afunda, e que cada vez mais ficamos imperturbáveis com a violência, aceitando a cada dia mais a desgraça alheia, numa desumanidade construível pelos meios de comunicação de massa. Semelhante a Hindemburg, o famoso Zepelin que despencou do céu, o Titanic nos deu a lição histórica de que não se desafia a natureza ou Deus, e que o respeito para com todos é essencial a manutenção de alguma estabilidade material ou do espírito. Vemos em Epicuro a amizade muito valorizada também, essa tão lembrada na obra de Alain de Botton. Fato é que o filme mostra as coisas de um modo diferente, e que nos leva a uma obra menos sensacionalista do fato, mais realista e crível, apesar de que o navio não se parte no final, fato que foi descoberto depois a ocorrência. Mas o detalhe da chaminé quebrando, foi de arrepiar. Mesmo assim um grande filme e que deve ser visto por todo cinéfilo ou admirador da história.
    MarkÜs
    MarkÜs

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 4 de abril de 2019
    GOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOODGOOD
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top