O Balão Branco: Críticas

Filme iraniano, de 1995, grande sucesso de crítica e público, O Balão Branco é mais uma confirmação de que os EUA perderam a hegemonia quanto à sétima arte. Marca a estreia de Jafar Phahi, um dos principais diretores do chamado Neorrealismo Iraniano. O roteiro é do mestre Abbas Kiarostami (Através das Oliveiras). Uma obra humana singular, difícil de esquecer. Na véspera do Ano Novo iraniano, a menina Razeh (Aida Mohammadkhani) sonha em comprar um peixinho dourado. Depois de implorar muito, consegue convencer a mãe interpretada por Fereshteh Sadre Orafaiy, a lhe dar o dinheiro, porém, acaba perdendo a quantia no percurso até a loja, e o que seria uma simples compra torna-se uma viagem repleta de obstáculos, vivenciando encontros inesperados e a solidariedade de estranhos personagens. Um inesquecível filme humanista, tão sublime quanto outro iraniano, “Filhos do Paraíso”.Festival de Cannes, 1995 e Melhor Filme Internacional Mostra de Cinema de São Paulo, 1995.

Isto se chama cinema. Imagem pura em movimento. Captação de realidade, com sensibilidade, ternura e simplicidade. Orson Welles se orgulharia.