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    Os Girassóis da Rússia
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    3,6
    23 notas
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    5 Críticas do usuário

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    gabi
    gabi

    2 seguidores 24 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 4 de março de 2024
    É uma boa história, confesso que a sinopse emociona mais que o filme em si. Os personagens são bens construídos e há evoluções nele o que mostra que o decorrer da história é bom, o final foi algo surpreendente, particularmente eu gostei desse filme. Por ser antigo eu não vou exigir muito, mas é muito bom
    Sueli A
    Sueli A

    3 seguidores 55 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 25 de julho de 2022
    Um verdadeiro clássico dos anos 70. Romântico, singelo, tocante, trilha sonora belíssima. Belíssima interpretação da Sophia Loren. Emocionante. Gostei muito.
    Paulo V.
    Paulo V.

    2 seguidores 22 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 3 de setembro de 2020
    Lindo, imperdível, singelo, mítico. Sophia e Marcello em sua melhor forma, sua melhor fase, um tempo lindo, numa história singela e comovente.
    Regina C
    Regina C

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 20 de janeiro de 2020
    Dramático mas maravilhoso e...com uma trilha sonora espetacular !!! O olhar de Sophia Loren ao se deparar com a realidade e a decepção...... lindo!!!!
    Nino G.
    Nino G.

    4 seguidores 26 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 20 de junho de 2017
    Mesmo não sendo a história mais interessante (no quesito roteiro e de direção), contada pelo maestro Vittorio De Sica, “I girasoli” possui momentos singulares de poesia visual, interpretação, sonorização e indiscutivelmente da capacidade do De Sica em registrar e transmutar as simplicidades da vida.

    Lembro dos primeiros filmes que assisti desse, que é , uma grande inspiração e a quem sempre devoto um favoritismo absoluto. Vittorio De Sica através das possibilidades de apresentar e não representar à vida, tal como desejava o movimento neo-realista italiano originando filmes muito próximos de um registro documental e que me fascinavam por sua costura às avessas, sem pudores de mostrar o frenesi volátil de um país e de seu povo, diante das novas relações que surgem, e na incerteza de sua durabilidade.

    Decerto que um movimento cultural não pode ser amarras para um criador, ao contrário, deve ser dispositivo para novas construções, e isso é notório em "I girasoli". Produzido em 1970, com roteiro de Cesare Zavattini e argumento elaborado por Tonino Guerra, célebre poeta, escritor e cronista da guerra. Sendo uma co-produção ítalo-franco-soviético, o que permitiu um registro raro do antigo bloco comunista, em parte devido as boas relações do De Sica com o Partido Comunista Italiano.

    Aos moldes de um resumo ultra simplista, me permito dizer quê, "I girasoli" é o retrato de uma felicidade breve diante a não concretude amorosa regida pelas adversidades de uma guerra e de razões nem sempre cercadas de sentido lógico ou possíveis de nominar. O filme sucede como um drama familiar em movimento, e de microcosmo da história social da Itália durante as décadas de 40 (período da segunda guerra), até o começo dos anos 70.

    O peso da influência comercial determina perdas notórias ao filme, na qual seu enredo se constrói através de amarras que buscam estruturar e pontuar a trajetória das personagens aos moldes da estrutura melodramática dos filmes hollywoodianos daquela época, desfigurando o caráter original de drama que o filme propõe e as relações de crise do drama, elemento sempre próspero nas mãos do diretor De Sica. Essa desfiguração pode ser notada, por exemplo, no registro longo e desnecessário de Masha (Lyudmila Savelyeva) revelando para Giovanna (Sophia Loren), como encontrou e como salvou Antonio (Marcello Mastroianni) do frio e da guerra. Um recurso, creio, para pontuar ainda mais o melodrama da história e para balancear ainda mais o público na sua torcida amorosa e de desfecho final, com quem Antonio deve ficar? A mulher amada ou a mulher que lhe salvou?

    Há vários momentos no filme que resultam nesse mesmo sentido, de prolongar o melodrama, balançar as decisões do público e exibir explicações, algo que torna o filme cansativo, explicativo em excesso e raso diante a dimensão de questões humanas e das possibilidades de reflexões sociais, políticas e de guerra que acabam sendo utilizadas apenas como plano de fundo, e que quando evocados, são tratados de forma superficial.

    Ponto de destaque e que merece atenção especial, é a relação estabelecida pelos protagonistas Giovanna (Sophia Loren) e Antonio (Marcello Mastroianni). De Sica havia realizado alguns trabalhos, tendo Sophia e Antonio como casal de protagonistas, (exemplo: Ieri, oggi, domani -1963). Essa experiência anterior, colabora tanto para aqueles que já assistiram ou para aqueles que assistem pela primeira vez a parceria entre tais atores e o diretor. Essa total química, facilidade e intimidade para o jogo, colaboram certeiramente, onde não é preciso mais de três minutos, para o público torcer e "shipar" o casal Giovanna e Antonio. Algo muito importante e necessário para essa história, já que a felicidade entre esses dois é breve. Tal como em uma partida de futebol, o público vibra com a postura determinada, apaixonada de Giovanna - uma mulher italiana - que vai até à Rússia procurar Antonio, o marido dado como perdido durante a II Guerra. A travessia faz-se por paisagens urbanas e campos de girassóis, uma passagem bela, florida e poética que colaboram na perspectiva de um desfecho feliz.

    O trabalho de Sophia Loren é árduo na tentativa de desvencilhar da musa e do apelo sexual comum ao histórico de suas personagens, e em muito momentos conseguem, mas para facilitar o desfecho de sua história, temos justamente o emprego da musa e do apelo sexual, mas claramente como recurso imposto pelo roteiro e acatado pela direção. Já Marcello Mastroianni impressiona pelo carisma e magnetismo, um simples retrato do ator ou personagem já são suficientes. Honestamente sabemos que não é de todo um trabalho difícil para ambos atores, já que as personagens não exigem durante o feito, durante o que é filmado ou captado, um esmiuçar de estados, sentimentos e conflitos. A carga melodramática já se encarrega disso, porém, em nenhum momento, assistimos um trabalho de menor, de escanteio ou que imprima desprestígio.

    Destaques para a trilha de Henry Mancini, famoso por criar identidade musical nos filmes em que trabalha. Já a Fotografia de Giuseppe Rotunno, especialmente em todas as cenas de multidão, que somadas a direção de Vitoria imprimem um verdadeiro retrato de uma Itália. Entre tantos momentos de brilhantismo de direção e fotografia, destaco a primeira cena de guerra na Rússia. A forte e frutífera imagem de uma grande bandeira vermelha balançando no ar e oscilando entre projeções, plano de fundo e transparências de uma guerra na neve que é manchada pelo sangue de pessoas tão perdidas quanto o próprio destino de duas pátrias, que oscilam entre a mãe e o carrasco, oposição que , ao mesmo tempo, abraça e sentencia a vida do cidadão (homem comum), e o soldado da guerra.

    Dirigido por Vittorio De Sica. Produção ITA / FRA: Carlo Ponti. História e Roteiro: Tonino Guerra e Cesare Zavattini. Fotografia: Giuseppe Rotunno. Música: Henry Mancini. Edição: Adriana Monelli. Performers: Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Ljudmila Saval'eva, Silvano Tranquilli, Glauco Onorato, Anna Carena, Galina Andreeva, Germano Longo.
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