Filme extremamente atual e necessário, que mesmo sendo produzido em 1998 consegue dialogar com o presente de forma tão direta que chega a ser triste, ver como continuamos como uma sociedade alimentada por ódio e extremismos que não causam benefícios para nenhum dos lados.
O filme tem como personagem principal Derek Vinyard (Edward Norton) que é um neonazista, que após cometer um crime vai para a prisão e retorna com pensamentos diferentes de quando entrou. O longa aborda ódio, perda e redenção, mostrando que todos nós somos susceptíveis a sermos usados por outros das maneiras mais sórdidas e cruéis.
Essa obra consegue dialogar com o mundo contemporâneo a medida que vemos como o ódio ainda proporciona e elege pessoas com pensamentos extremistas, pessoas que criam, manipulam e alimentam o ódio na sociedade com o intuito de conseguirem benefícios com isso. Onde no final os únicos que pagam com suas vidas é a maioria das pessoas, que são cidadãos sem muita escolaridade e altamente influenciáveis.
O filme é lindo e triste ao mesmo tempo, pois nos deparamos com lições que deveríamos ter aprendido enquanto sociedade há anos, contudo continuamos traçando o mesmo caminho de ódio e segregação de nossos ancestrais.
Sem a menor sombra de dúvida, este é um filme corajoso por mostrar tão nua e crualmente preconceitos que já deviam terem sidos superados, mas que infelizmente ainda estão aí. 22 anos separam seu lançamento do momento em que escrevo essa crítica, e é com tristeza que digo que este ainda é um filme necessário pelo seu tema. Na parte técnicas, todas as atuações estão impecáveis, porém o que achei que deixou a desejar foi que, apesar de trabalhar toda a mudança de pensamento de Derek e seu irmão, não achei profunda o bastante, visto que a ideologia nazista é tão cegante e ambos estavam tão imersos nesse mundo, que não pude deixar de achar essa mudança um pouco superficial, e, por essa ser a peça chave do filme, dei a nota de 3,5.
Há um bom tempo manifestava interesse em assistir esse filme, porém, sempre acabava deixando de lado, até que então, hoje, resolvi assistir. Me arrependi de não ter assistido antes, o filme é muito bom e retrata o lado obscuro da América, o lado racista e xenofóbico. Inicialmente, a obra é retratada de um ponto de vista extremamente racista, porém, no seu decorrer, o protagonista acaba modificando a sua forma de pensar, graças ao irmão, que acabará de ganhar liberdade após ter assasinado dois negros. É um filme muito interessante e que prende você a todo o momento.
SPOILER: Reassisti "A outra história americana" recentemente e, apesar do filme ainda me impactar como fez qdo eu era garoto pela excelente atuação do Edward Norton (esse filme e "Clube da Luta" são os melhores dele) e do Furlong (poderia ter seguido uma carreira brilhante, tinha muito potencial), o final dessa vez me deixou com um gosto esquisito na boca, como se a atitude do garoto negro justificasse o ódio neonazista pela comunidade e jogasse o Norton de volta no modo full-pistola (eu sei q a idéia é mostrar os dois lados da moeda, mas a raiva do grupo negro contra o Furlong me pareceu meio gratuito e não como um eco das ações do irmão, já que ele não faz nada pra merecer ser jurado de morte)... acho q seria melhor se tivesse feito um paralelo com as duas vidas pra mostrar mais esse choque (como o garoto negro sendo um menino bom e da paz, mas sendo pressionado pra ser um gangsta e ensinado a cometer atrocidades, igual o Furlong). Filmaço pela interpretação e pela história em si, mas a mensagem no final ficou esquisita pra mim
O filme A Outra História Americana (1998), dirigido por Tony Kaye, conta a história dos irmãos Derek (Edward Norton) e Danny (Edward Furlong). Derek Vinyard é um jovem que, após o seu pai ser assassinado, começa a pregar o ódio contra minorias e se torna líder de um grupo nazista. Após matar dois negros, Derek é preso, deixando seu irmão Danny sozinho, que começa a trilhar o mesmo caminho do irmão. Ao sair da prisão, Derek abandona a sua antiga ideologia, e tenta fazer com que seu irmão não tenha um destino igual ao dele. A história se alterna entre presente e passado, fazendo um grande uso de flashbacks, que inclusive são uma parte muito interessante do filme, pois são mostrados sempre com um filtro preto e branco, o que normalmente remete ao passado, mas no caso também pode ser utilizado para simbolizar a maneira como o protagonista enxergava o mundo. Apenas dois opostos. O roteiro, escrito por David McKenna é preciso e conta a história em geral de maneira simples, porém com espaços para a interpretação pessoal do espectador, o que acaba pecando no aprofundamento de alguns personagens e situações, como é o caso do mentor de Derek, Cameron Alexander (Stacy Keach), que é pouco explorado ao decorrer da história. As cenas de violência são chocantes, chegando, em alguns momentos a lembrar a obra Laranja Mecânica (Stanley Kubrick), em que o espectador fica horrorizado. Além disso, é possível ver a semelhança com a obra de Kubrick também por tratar de temáticas como reabilitação de presos, origem do ódio e psicologia de massas. A atuação de Edward Norton (Derek Vinyard) é impecável. O ator consegue, ao mesmo tempo ser amedrontador, mas também é possível enxergar o seu lado humano, como apenas um jovem confuso que acabou tomando o caminho errado. No entanto, a atuação de Edward Furlong (Danny Vinyard) é um pouco rasa, não conseguindo trazer a complexidade emocional que o seu personagem necessitava. O curioso é que, mesmo sendo uma obra de 20 anos atrás, o filme consegue se tornar recente, principalmente para exemplificar questões como as que aconteceram nos Estados Unidos em 2017 e questões que estão acontecendo no Brasil atualmente, em que o povo, confuso, acaba aceitando e propagando o discurso de ódio contra minorias, mascarando essas atitudes com o patriotismo exacerbado. Por fim, A Outra História Americana é um filme excelente, recheado de filosofias e questões que são tratadas até nos dias de hoje. Os seus 119 minutos de filme prendem completamente a atenção de qualquer espectador, tornando a película uma ótima experiência para o público em geral.
Esse filme é uma obra-prima um dos melhores de todos os tempos,um filme épico de enredo espetacular e atuações esplêndidas, tem um final chocante e totalmente imprevisível. Esse filme foi muito injustiçado no Oscar não faz sentido não ter ganhado nenhum prêmio. Assista que você não vai se arrepender.
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